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Enviada em: 18/10/2018

Na pós-modernidade, após o advento de ideários capitalistas herdados da Revolução Industrial, verifica-se um anseio compartilhado pela conjuntura global no que tange à extensão do poder monetário. Nesse sentido, buscando expandir as produções agrícolas no Brasil - que se configuram como o pilar econômico do país -, iniciou-se a utilização de organismos transgênicos nas plantações, com a finalidade de torná-las mais resistentes à pragas. É tácito que se trata de um avanço salutar para a humanidade, contudo, análises acerca do tema são necessárias, uma vez que os efeitos resultantes dessa prática são desconhecidos, existindo a possibilidade de corroborar imbróglios à população.   Em primeiro plano, vale ressaltar que essas práticas inovadoras se fazem realidade devido a ocorrência da Revolução Verde, a qual reverberou desenvolvimentos tecnológicos que facilitaram e ascenderam a produtividade do agronegócio. Nesse contexto, o corpo social hodierno possui efetivações que se assemelham aos ideais de João Calvino, que considerava a esfera econômica como primordial para a ascensão moral e social de uma nação. De maneira análoga, o país parece ter se aliado plenamente ao pensamento do teólogo progressista, visto que o Brasil se encontra em segundo lugar no tocante à produção de alimentos transgênicos e, assustadoramente, ocupa o primeiro posto no que diz respeito à aplicação de agrotóxicos. Diante disso, é irrefragável que se trata de uma temática que precisa ser utilizada equilibradamente, a fim de não reverberar problemas irreversíveis.   Em segundo plano, convém salientar que o uso excessivo de produtos químicos causa infortúnios aos consumidores e também aos produtores, os quais têm chances potencializadas de desenvolver patologias. Nessa ótica, atenuar a saúde de um indivíduo em prol de aquisições econômicas age em contrapartida às defesas e garantias dos Direitos Humanos, configurando o tema como controverso e preocupante pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que acredita em efeitos negativos a longo prazo. É notório que, por se tratar de um tema contemporâneo, as consequências integrais ainda serão descobertas, entretanto, a medida em que forem revelados, a sociedade deve ser informada.   Torna-se evidente, portanto, que a utilização de organismos transgênicos representa avanços na esfera econômica, todavia, o uso deve ser controlado para não acarretar imbróglios à população. Consoante a isso, faz-se necessário que o Poder Legislativo crie e adeque leis que impeçam a utilização inadequada e exagerada de OGM (Organismos Geneticamente Modificados) nas plantações, dado que esses, seguindo o pensamento de Darwin, podem criar resistência à pesticidas, causando, assim, problemáticas maiores. Impreterivelmente, as leis devem ser desenvolvidas por profissionais especializados na área da agricultura, com o objetivo de serem eficientes e justas.