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Enviada em: 16/10/2018

Na obra “A reforma da natureza”, de Monteiro Lobato, a boneca Emília refaz mirabolantes criações do que considera malfeito no mundo, e, como consequência, todas as reformas resultaram em problemas. Já na hodierna conjuntura brasileira, prevalece o antigo desejo humano de alterar a natureza, evidenciado ao analisar as descobertas oriundas da engenharia genética, como a produção de transgênicos. Nesse ínterim, analisa-se que organismos geneticamente modificados – OGM -, incitam a dúvida da população em relação aos efeitos a longo prazo do consumo desses alimentos. Diante disso, faz-se necessário ponderar os problemas que isso pode acarretar.        Observa-se que, nas últimas décadas, houve expressivos avanços na manipulação genética. De acordo com o economista Thomas Robert Malthus, em sua Teoria Malthusiana, o crescimento populacional é expressivamente maior que o de alimentos disponíveis, o que resulta em uma grande calamidade mundial. Partindo desse pressuposto, verifica-se que a elevada produção de alimentos geneticamente modificados gera a possibilidade de diminuição dos índices de fome no mundo. Nesse contexto, conclui-se que os OGM podem ser grandes aliados para um desenvolvimento positivo da população.        No entanto, é importante salientar os efeitos negativos que podem ser ocasionados em virtude do consumo a longo prazo desses transgênicos. Logo, por ser tratar de uma área recente e moderna, as consequências dos OGM no organismo ainda são desconhecidas e, portanto, perigosas. Por esta razão, não se pode descartar que os brasileiros são propensos a contrair alergias e resistência a antibióticos, visto que, segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrícolas-Biotecnológicas - ISAAA -, o Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos do mundo.        Por conseguinte, infere-se que os efeitos dos transgênicos devem ser estudados. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde, financiar pesquisas sobre as consequências dos alimentos geneticamente modificados no organismo humano, para que se possa promover a segurança em relação a procedência dos transgênicos, e evitar comprometer a saúde dos indivíduos. Ademais, convém aos agricultores adotarem a agroecologia como alternativa para a produção sustentável e benéfica dos alimentos, a fim de fornecer produtos confiáveis à população. Assim, será possível construir uma sociedade mais segura e saudável.