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Enviada em: 22/10/2018

A Revolução Verde, adotada no Brasil, possibilitou a expansão do setor agrícola, haja vista o desenvolvimento no manejo de sementes e fertilizantes, propiciando maiores produções. No entanto, a problemática dos transgênicos, utilizados por muitos agricultores, foi questionada, visto que a introdução desses podem causar danos à biota. Soma-se a isso, a persistência da fome, não remediada com o crescimento da produção, logo, mudanças urgem nesse cenário de incertezas acerca dos transgênicos.     Em primeira análise, deve-se salientar que, com o advento da Revolução Técnico Científica, o crescimento da biotecnologia foi de suma importância no desenvolvimento da ciência. Apesar disso, a inserção desse aparato no âmbito alimentar é possivelmente danosa, pois a utilização de organismos geneticamente modificados (OGM) na agricultura, principalmente sem estudos à longo prazo, acarreta em danos a saúde, como intoxicação. Consoante, a seleção de pragas super-resistentes é uma realidade alarmante, visto que o organismo tornando-se resistente é dificilmente combatido, permitindo danos à cadeia alimentar e até extinção de espécies.     Além disso, vale pontuar a afirmativa de Bauman, de que a modernidade líquida traz consigo a fragilidade dos laços humanos. Sob essa ótica, nota-se o extremo individualismo social, pois a arrecadação lucrativa de grandes agricultores, utilizando-se de OGMs, é direcionada as exportações. Afinal, de acordo com o site Super, de 2015, 90% da soja do país é transgênica, evidenciando-se, que apesar da expansão desses OGMs auxiliando no crescimento produtivo, a fome ainda é uma realidade notável.     Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre União e Legislativo, tendo em vista a criação de leis que proíbam a utilização de transgênicos, sem estudos de longo prazo, sobre danos ambientais e a saúde humana. Ademais, o Governo, mediante arrecadação de impostos, deve disponibilizar verbas para o estudo científico de transgênicos, possibilitando que futuramente os mesmos sejam utilizados com segurança,  assim o país poderá investir, com segurança alimentar, no combato a fome.