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Enviada em: 30/07/2019

Desde os processos denominados Revoluções Industriais e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando o lucro em detrimento dos valores humanos. Nesse cenário, devido a expansão de produções agrícolas em terras brasileiras e seu poderio econômico, iniciou-se a utilização de organismos transgênicos nas plantações, com o objetivo de torná-las mais resistentes às pragas. Entretanto, o uso dessa prática possui efeitos desconhecidos pelo homem, logo, convém analisar as principais consequências de tal método para que uma sociedade segura seja alcançada.     Outrossim, segundo o filósofo Aristóteles: "Todos os homens têm por natureza o desejo de conhecer". Parafraseando Aristóteles, observa-se que a humanidade busca conhecimento em diversas áreas, com o intuito de melhorar sua vida. Analisando esse conceito atrelado à conjuntura, nota-se que a criação dos transgênicos aumentou a produtividade agrícola e a qualidade de vida dos alimentos, de modo a torná-los mais resistentes e duráveis. Todavia, a modificação do DNA desses comestíveis pode ter consequências ainda desconhecidas à saúde humana, como possíveis alergias e resistência a antibióticos, de maneira a prejudicar a população brasileira.       Não obstante, é indubitável que essa problemática está ligada diretamente ao setor ambiental. A Revolução Verde, no século XX, foi um processo de transformações tecnológicas que propiciou a inovação das práticas agrícolas, o que criou melhores condições na produção dos alimentos. No entanto, no Brasil hodierno, os transgênicos tornaram-se mais resistentes às pragas e pesticidas, porém, as plantas naturais ficaram em desvantagem em relação a eles e, podem ser eliminadas. É tácito que esse processo é muito rápido e prejudicial, visto que a resistência desses organismos não é obtida por meios naturais e sim pela ação do homem, o que causa sérios problemas nas teias alimentares, que são prejudicadas, inicialmente, no nível trófico dos produtores.    Destarte, os infortúnios, no que tange a questão dos transgênicos no Brasil, carecem ser solucionados. É mister, portanto, que o Estado, juntamente com a mídia, deve promover campanhas e debates nos diversos veículos midiáticos sobre os organismos geneticamente modificados (OGM), para que a população tenha consciência dos prós e contras, além de entender sobre o que está consumindo. Além disso, é imperioso que o Poder Legislativo, em parceria com profissionais especializados na área da agricultura, crie e adeque leis que impeçam a utilização inadequada e exagerada de OGM nas plantações, com o objetivo de controlar o uso de OGM nesses locais, de forma a prevenir o risco de danos à saúde das pessoas e, especialmente, ao meio ambiente. Assim, o homem continuará pela busca ao conhecimento, como dito por Aristóteles, e uma sociedade mais sábia e segura será possível.