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Enviada em: 22/04/2019

Temos opção?   Transgenia, agricultura, alimentação. Ao longo das últimas décadas a ciência revolucionou as técnicas agrícolas a partir da descoberta dos transgênicos, ou seja, organismos geneticamente modificados com genes de outra espécie. Com efeito, a tentativa das empresas em esconder nas embalagens de seus produtos que os alimentos são de fato transgênicos e os possíveis efeitos na saúde da população precisam ser debatidos.       Em primeira instância, em 2013, um decreto federal mudou a maneira de como as embalagens de produtos transgênicos devem expor o seu alerta de transgenia. Antes dele, era obrigatório um símbolo triangular amarelo com a letra "T" indicando que aquele era uma alimento transgênico. Agora, basta que as empresas coloquem em preto no canto da embalagem "contém (nome do alimento) transgênico". Indubitavelmente, essa é uma maneira do Governo proteger as grandes empresas como as de milho e soja, visto que atualmente o país é o segundo maior exportador de soja do mundo e um entrave com essas empresas não seria conveniente.       Em segundo plano, a não compreensão acerca dessa temática fomenta um complexo panorama de desconhecimento da população não possuindo ciência do que consume diariamente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, não há motivos para a proibição do cultivo e venda de alimentos modificados geneticamente, haja vista não haver relatos de efeitos colaterais comprovados. Entretanto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor alega haver casos de alergia, e a possibilidade de haver futuros efeitos cancerígenos basta para sua supressão no mercado.      Portanto, a fim de garantir que os direitos dos consumidores de saberem que tipo de alimento consomem, cabe ao Governo Federal, via Poder Legislativo (re)criar decretos visando que a Agência de Vigilância Sanitária, seja mais rígida quanto à informação nas embalagens. Dessa forma, haverá maior transparência entre as empresas e a população, o que irá apenas beneficiar a sociedade.