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Enviada em: 27/06/2019

A Revolução Verde (século XX) foi um processo de transformações tecnológicas que propiciou a inovação das práticas agrícolas, o que criou melhores condições na produção dos alimentos. Nesse contexto, a biotecnologia possibilitou o uso dos organismos transgênicos, que consistem em indivíduos com o seu material genético modificado artificialmente para algum fim humano. Todavia, hodiernamente no Brasil, há uma resistência sobre o uso desses produtos, por causa de seus perigos para a sociedade brasileira em geral. Assim sendo, dentre as principais questões vinculadas ao tema, têm-se: as possíveis desvantagens para os pequenos agricultores e o meio ambiente. Dessa forma, são requeridas medidas que garantam o bem-estar social.      Primeiramente, destaca-se os danos aos produtores rurais. Para que os transgênicos sejam produzidos é preciso de investimentos, que são feitos por empresas que possuem renda suficiente para arcar com os gastos. Porém, o agricultor familiar, não conseguiria ter acesso às sementes modificadas, por elas representarem um preço inacessível a sua condição. Assim, esses produtos estariam sob o domínio da elite agricultora brasileira, o que causaria uma monopolização da agricultura. Isso afetaria a sociedade, visto que, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a agricultura familiar é a responsável pela renda de 40% da população no país. Dessa maneira, a utilização dos transgênicos causaria o desempego e prejudicaria a economia do Brasil.        Ademais, vale lembrar acerca dos riscos ecológicos. Nesse sentido, pelo fato dos transgênicos serem mais resistentes às pragas e pesticidas, as plantas naturais ficariam em desvantagem em relação a eles e, poderiam ser eliminadas. Esse pensamento condiz com o conceito de seleção natural, proposto pelo naturalista Charles Darwin, no qual o ambiente "seleciona" a espécie mais adaptada ao meio. Entretanto, esse processo seria muito rápido e prejudicial, já que a resistência desses organismos não são obtidos por meios naturais e sim pela ação do homem, o que causaria sérios problemas nas teias alimentares, que seriam prejudicadas, inicialmente, no nível trófico dos produtores.       Logo, alternativas devem ser apresentadas para a resolução dessa problemática. A princípio, é necessário que o Governo Brasileiro promova a proteção da agricultura familiar. Nesse viés, é preciso que haja criação de normas que assegurem essa atividade no país, além de controlar o poderio das grandes empresas sobre o monopólio dos transgênicos, com o objetivo de não haver prejuízos para a economia brasileira. Posteriormente, é fundamental que ONGs, como a Greenpeace, defenda a biodiversidade do Brasil. Nesse caso, é imprescindível que haja reuniões entre os grandes empresários e os ambientalistas, a fim deles chegarem a um consenso que vise a conservação ecológica no país.