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Enviada em: 19/08/2019

É fato que a Revolução Verde, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas voltadas para a produção de alimentos em grande escala. Nesse contexto, encontram-se em voga produtos geneticamente modificados. Com efeito, a expansão do transgênicos coloca em evidência seu caráter bilateral e econômico.         Em primeiro plano, os organismos transgênicos ocupam parcela majoritária na agricultura brasileira, por sua fronteira agrícola e sua alta taxa produtiva de grãos, o que corrobora para a economia do país. No entanto, a transgênia apresenta facetas contraproducentes e arriscada, uma vez que não são rigorosamente testados e trazem perigos ainda incalculados à saúde, como possíveis alergias e resistências a outros organismos. Logo, apesar de mais de vinte anos após a aprovação do primeiro alimento geneticamente modificado do mundo, ainda se considera tal processo como desconhecido e duvidoso.         Por outro plano, é indubitável que a teoria marxista é aplicável à engrenagem brasileira. Ou seja, a busca desmedida pelo lucro rege os modos de produção e as relações homem-natureza. A esse respeito, grande parte dos malefícios dos transgênicos vem atrelado à prática mercantil individualista, que capitaliza os grandes produtores e onera os de menor porte. Estes, perdem autonomia e renda, já que se vem obrigados a pagar "royalties" sobre a tecnologia usada e se tornam reféns das transnacionais possuidoras de tal técnica.        Mediante ao elencado, torna-se visível a característica dual da prática transgênica. Sem dúvida, a mesma traz soluções para incontáveis áreas, mas não raro acarreta problemáticas em conjunto. Desse modo, é necessário encontrar equilíbrio entre os dois impactos, regulamentando governamentalmente pesquisas para garantir a seguridade de todos. Outrossim, o contingente social deve cobrar, mediante baixo-assinados, passeatas e redes sociais, de empresas e do poder estatal maior clareza sobre os alimentos que consome muitas vezes sem saber. Finalmente, é dever incontestável da mídia informar e conscientizar todos toda população, a fim de que crises e problemas sejam evitados, com base no que se vê no contexto hodierno. Portanto, poder-se-á garantir a máxima de Auguste Comte: "Ver para prever e prever para prover."