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Enviada em: 02/11/2017

A tecnologia se desenvolveu de maneira significativa em diversas áreas nas últimas décadas, sobretudo após o início da Revolução Técnico Científica a partir da segunda metade do século XX. Nesse viés, a biotecnologia começa a fazer parte do cotidiano das pessoas, posto que as empresas do ramo destinam muitos recursos em pesquisa para o desenvolvimento de técnicas novas, principalmente nos âmbitos da medicina e agricultura. Destarte, existem malefícios, assim como benefícios para o ser humano e a natureza no emprego de determinas técnicas.       Define-se, nesse contexto, como ponto de partida o fato de que é indubitável a contribuição da aplicação da engenharia genética para a melhoria da qualidade de vida da população. Na esfera farmacológica, por exemplo, foram sintetizadas bactérias produtoras da insulina humana, procedimento que democratiza o acesso à substância para os indivíduos que precisam. Outrossim, no que tange à produção de alimentos, mormente com o advento da Revolução Verde, houve a criação de sementes as quais se adaptam em solos adversos, potencializando a produção. Desse modo, evidencia-se os inegáveis pontos positivos dessa metologia.       Contudo, o uso contínuo de sementes transgênicas pode ter aumentado a resistência de ervas daninhas e insetos, fazendo com que o uso de agrotóxicos aumentasse gradativamente. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, fato que aponta para os riscos que envolvem a intensa utilização de tais produtos. Dentre eles estão a contaminação dos solos, dos lençóis freáticos, assim como da fauna e da flora dos ecossistemas. Ademais, a contínua ingestão de alimentos contendo pesticidas acimas dos limites permitidos por parte do ser humano pode aumentar a ocorrência de câncer na população.       Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar os problemas que cerceiam a aplicação de procedimentos biotecnológicos. Para tanto, é imperativo que ONGs ambientais estabeleçam parcerias, a fim de pressionar, por meio da realização de manifestações, os órgãos responsáveis pela fiscalização da utilização desmedida de agrotóxicos, para que não ocorra o desrespeito às leis e haja melhoria na qualidade dos alimentos. É importante, ainda, que o governo federal e empresas privadas criem grupos de pesquisadores, para averiguação dos efeitos cancerígenos de produtos transgênicos no organismo humano, com o intuito de esclarecer dúvidas a respeito do assunto. Procedendo-se assim, será possível estabelecer um meio melhor de convivência, por intermédio do equilíbrio entre a aplicação de tecnologia e respeito à vida.