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Enviada em: 31/07/2017

Organismos transgênicos: precaução é a palavra de ordem       Com a tecnologia genética da atualidade é possível modificar o DNA de diversos organismos anexando neles as características que forem convenientes. Tal procedimento, apesar de possuir benefícios, vem sendo utilizado perigosamente, pois a ciência ainda não sabe ao certo as consequências que essas transformações podem causar tanto na saúde do ser humano quanto no meio ambiente.          A legislação brasileira exige a identificação de todos os alimentos que possuem pelo menos 1% de alteração genética. Essa norma não é suficiente para resolver os problemas que envolvem essa situação, pois muitas pessoas não identificam o símbolo dos alimentos transgênicos, a minoria que conhece não compreende o seu significado e a pequena porção que sabe dos riscos que correm ao consumi-los, pode estar sendo enganada diante dos produtos que são geneticamente modificados, mas com percentual menor que 1%, dessa forma, não identificados nas embalagens.        Ao retirar parte do DNA de uma bactéria e anexá-lo ao material genético de uma semente é possível que a planta gerada seja mais resistente a pragas e a mudanças climáticas. No entanto, quanto mais forte é a planta, mais agrotóxicos são utilizados, sendo prejudicial ao solo, e seus frutos, ao serem consumidos, podem causar malefícios ainda não descobertos pela ciência.        Os alimentos não são os únicos organismos capazes de passar por essas modificações. Os cientistas acreditam que o gene do próprio ser humano pode ser alterado de maneira que possa ser retirada a parte genética causadora de doenças ou anexar material correspondente a cor da pele, dos olhos, do cabelo, o que é uma afronta à dignidade da pessoa humana, pois não se pode interferir na vida do homem sem o prévio conhecimento dos efeitos. Tal atitude fere esse fundamento da Constituição Federal do Brasil.             Torna-se claro, portanto, que a engenharia genética deve ser utilizada com muita precaução, pois não é certo fazer ciência quando a cobaia é a humanidade. Além disso, as normas específicas devem ser alteradas para que todos os alimentos geneticamente modificados, independentemente da porcentagem utilizada, tenham a devida identificação nas embalagens para garantir o direito de informação ao consumidor. É necessário, também, mais estudos para a identificação dos efeitos que os organismos transgênicos podem gerar para a sociedade antes de comprometer as vidas de inúmeras gerações.