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Enviada em: 11/05/2018

Com o advento da modernidade líquida citada pelo sociólogo Zygmunt Bauman, as relações sociais tornaram-se fluidas e instantâneas, devido as novas tecnologias e ao consumismo. Nesse contexto, surgiram os novos hábitos alimentares acompanhados por enlatados, fast-foods e congelados que propiciaram a redução da escassez de alimentos. Entretanto, tanto no contexto brasileiro como no global, estas mudanças trouxeram problemas de saúde provenientes da má alimentação e aos agregados químicos presentes nestes alimentos.   Um dos problemas relacionados à alimentação desregulada é a obesidade, pois segundo o Ministério da Saúde (MS), a prevalência da obesidade no Brasil entre 2006 e 2016, aumentou de 11,8% para 18,9%, grande parte deste aumento está associado a fatores culturais e econômicos, visto que com a ampla dinâmica da economia capitalista, o tempo para comer é reduzido e consequentemente as pessoas optam por comidas mais rápidas e calóricas podendo gerar problemas como diabetes e hipertensão.   Outros grandes vilões prejudiciais à saúde são os agrotóxicos, que surgiram durante a Revolução Verde, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, em que no combate as pragas foram implantados produtos químicos, os quais além de aumentar o nível de acidez do solo e prejudicar a vida aquática também causam riscos à saúde humana como a potencialização do desenvolvimento de câncer de mama, fígado e testículos. Segundo a Anvisa, cerca de um terço dos vegetais mais consumidos no país apresentam um nível de agrotóxico acima da média.   Portanto, tendo em vista os aspectos observados, é necessário que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), forneçam subsídios para pequenos produtores, estimulando a venda de produtos orgânicos visando a queda do preço e a redução de fertilizantes.Além disso, a população deve se conscientizar a não consumir produtos calóricos buscando reduzir o índice de obesidade nacional.