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Enviada em: 19/08/2018

"Eu acredito que podemos mudar o mundo através da alimentação”. A frase é da nutricionista Bela Gil. A partir da fala da especialista, constata-se a evidente emergência na mudança dos atuais paradigmas alimentares no Brasil, visto que, caso continuemos com as presentes formas de alimentação e com o desperdício de alimentos, nossa sociedade poderá agravar outras problemáticas relacionadas à saúde e ao meio ambiente. Sendo assim, faz-se necessária uma reflexão a respeito.      Em primeiro lugar, segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, o consumo médio diário de sal recomendado é cerca de cinco gramas, no entanto, dados do Ministério da Saúde do Brasil revelam que o brasileiro ingere, aproximadamente, doze gramas. Tal comportamento alimentar pode gerar distúrbios cardíacos, dentre os quais se destaca a hipertensão arterial, mal que acomete vinte e cinco porcento da população. Diante disso, nota-se que há uma tendência de aumento do número de hipertensos, caso o consumo de sal não diminua.      Além disso, o desperdício de alimentos contribui, enormemente, à degradação ambiental, uma vez que, como a população brasileira cresce cada vez mais, existe uma predisposição ao aumento das áreas agricultáveis e, por conseguinte, ao desmatamento. Certamente, o  combate ao desperdício somaria esforços à redução da destruição florestal, além de reduzir custos com a alimentação.        Fica evidente, portanto, a necessidade da reeducação alimentar e a intensificação no combate ao desperdício de alimentos no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde, juntamente com as secretarias de saúde de cada Estado, deve viabilizar projetos que visem à instrução alimentar correta e à demanda na redução do desperdício alimentar, por meio de mutirões envolvendo agentes locais, como comunidade, escolas e ONG´s, e profissionais da área, a fim de alcançar os objetivos anteriormente citados. Desse modo, as aspirações de Bela Gil poderão ser concretizadas.