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Enviada em: 28/10/2018

Segundo o filósofo Aristóteles, no livro Ética a Nicômaco, “a política é a ciência para garantir a felicidade dos cidadãos”, a qual deve atuar na interação da sociedade e visar ao bem comum. Contudo, esta conduta necessita de ética e imparcialidade para não acometer fragmentação de liberdade e direitos à parte da população. Atualmente, no Brasil, notam-se os desafios em manter a alimentação de qualidade a todos, ora relacionados pela desigualdade social, ora pela falta de políticas públicas para reverter esse quadro.      É indubitável, que os problemas sociais perseguem as sociedades, principalmente, as atuais, devido à influência dos meios de produção na cultura. Diante disso, conforme o sociólogo Karl Marx, “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”, logo, destaca-se pela busca da efetivação da justiça e conquista de direitos. Nessa perspectiva, a Constituição Federal, em seu artigo 6º, em 2010, foi ratificado o direito à alimentação. Entretanto, infelizmente, os desvios alimentícios do país persistem, analogamente, ao relatório da Organização Humanitária Britânica (Oxfam), que classificou o Brasil em 25º no ranking mundial de alimentação saudável. Por esses motivos, a incoerência persiste nesse cenário decadente.     Concomitantemente a isso, a alimentação nutritiva é fundamental para a qualidade de vida da sociedade. Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, “os brasileiros de baixa renda compram alimentos poucos saudáveis, comem pouca quantidade de hortaliças e frutas e ingerem mais alimentos gordurosos do que o recomendado”, logo, caracteriza-se a questão social como um limitador. Analogamente, pode-se destacar a incoerência da economia agrícola brasileira, a qual ocupa a segunda colocação no ranking mundial de exportação de alimentos, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC). Dessa forma, o Brasil, perpetua problemas devido a negligencia governamental.     Evidencia-se, portanto, que as concepções devem ser reanalisadas no que tange a qualidade da alimentação no Brasil. Logo, para garantir a igualdade econômica, o Governo Federal deve reduzir a arrecadação tributária indireta, assim como as isenções de impostos a empresas. Outrossim, garantir a empregabilidade, em especial da população negra, com o Programa Nacional do Trabalho, com oportunidades para atuarem em estatais e entidades públicas. Igualmente, o Ministério da Agricultura deve direcionar o abastecimento, primeiramente, para o mercado interno e, posteriormente, atender as exportações, na busca da redução dos custos da alimentação no país. Em suma, o mencionado por Aristóteles vencerá a inercia e em seus devidos movimentos resultará em bons frutos à nação.