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Enviada em: 22/10/2018

Na década de 1950, foi criada a Revolução Verde, cujo objetivo era aumentar a produtividade por meio de modificação em sementes, fertilização do solo, utilização de agrotóxicos e mecanização no campo, assim possibilitando a extinção da fome. Entretanto, o aumento na quantidade de alimentos produzidos não foi acompanhado da criação de uma rede de distribuição, como também, de medidas para democratização do acesso a comida, com isso, corroborando para a manutenção da fome.       A priori, o economista Thomas Malthus versa em sua teoria sobre o crescimento populacional e a demanda crescente por alimentos, no qual o sistema produtivo atual não teria capacidade de suprir essa necessidade, portanto, propiciando um estado de fome. Contudo, a revolução tecnológica do campo proporcionou um aumento expressivo da produção, visto que, tal produção seria suficiente para suprir as necessidades da humanidade, mostrando que o problema da fome não está na produção de alimentos, mas sim em sua distribuição, ficando restrito às populações com maior poder aquisitivo.     Ademais, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, estabelece em seu artigo de número 25, o direito humano à alimentação adequada, e a Constituição Cidadã da República Federativa do Brasil reafirma esse direito em seu artigo 6°. Entretanto, o próprio Estado descumpre sua Carta Magna, pois não desenvolve mecanismo que facilitem o acesso a comida, negando esse direito a uma grande parcela de sua população, expondo-os à condição de fome extrema, assim marginalizando esse grupo social, ao negligenciar sua condição de vida. No demais, o poeta Manuel Bandeira já retratava realidade semelhante no poema ''O Bicho'', ao comparar a atitude do homem procurando comida no lixo, a um animal faminto, expondo à negligência do Estado para com sua população.     Logo, faz-se necessário uma maior intervenção estatal, com intuito de assegurar direitos básicos, garantindo o acesso a comida e a erradicação da fome. Para tal, é necessário que o Ministério da Fazenda realize uma redução tributária sobre os alimentos, com isso reduzindo o preço e assegurando um maior acesso a comida, possibilitando que a parcela mais pobre da população tenha alimento. Concomitantemente, o Ministério do Desenvolvimento Social deve criar uma rede nacional de assistência a pessoa carente, por meio do qual seriam distribuídos alimentos para a parcela economicamente inativa da população, assim proporcionando uma melhor distribuição dos alimentos, reduzindo a fome e a miséria que acometem tais indivíduos, corroborando para a criação de uma sociedade mais igualitária.