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Enviada em: 30/01/2019

Após a Revolução Verde, nas década de 60 e 70, o deficit na produção de alimentos foi equacionado. Todavia, surgiram problemas como a falta de acesso à comida por uma parcela da sociedade e o consumo inadequado por uma outra parcela. Desse modo, foram criados dois cenários antagônicos no Brasil: um no qual a falta de alimentos prejudica o desenvolvimento físico e psicológico das pessoas e o outro no qual o consumo exagerado causa problemas como obesidade e hipertensão.   É importante pontuar, de início, que, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o indicador de fome no Brasil mantém-se abaixo de 2,5%. Entretanto, é necessário notar que o país é escasso em políticas públicas que estude a situação das pessoas pobres e de a elas o auxílio necessário para que não passem fome. Assim, é perceptível que a falta desse auxílio acaba fragilizando ainda mais essa parcela social, tornando-a mais propícia a passar fome, desenvolver doenças físicas e mentais devido a falta de nutrientes e acabarem aumentando o indicador de fome brasileiro.   Em contraposição a esse cenário de fome, têm-se o dado de que 53,8% dos brasileiros estão acima do peso, segundo o Ministério da Saúde.Tal fato deve-se a rápida industrialização brasileira e a mudança nas rotinas trabalhistas, que fazem as pessoas trabalharem mais e terem menos tempo para se dedicarem a uma alimentação saudável, recorrendo, então, a produtos industrializados. Desse modo, muita gente, sem ao menos checar os rótulos, ingere exacerbadamente alimentos ricos em sódio e gordura, fato que pode provocar doenças cardíacas, como a hipertensão, ou até mesmo a obesidade, que desencadeia uma série de outros problemas à saúde.   É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para contornar os desafios da alimentação no Brasil. Primeiramente, é preciso que o Governo, por meio de estudos sobre a situação da fome no país, crie políticas públicas efetivas, capazes de auxiliar a população mais fragilizada. Outra medida importante é que as escolas, por intermédio de palestras interativas abertas ao público, ensinem sobre educação alimentar, ajudando as pessoas a escolherem melhor os seus alimentos e consumi-los de forma consciente e sem exageros. Caso tais medidas sejam tomadas, a alimentação não será mais uma questão tão preocupante no Brasil.