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Enviada em: 30/10/2018

Segundo Zygmun Bauman, a falta de solidez nas relações, políticas, sociais e econômicas é característica de uma "modernidade líquida", que se é vivenciada durante o século atual. Explorando o pensamento do grande sociólogo polonês, a disparidade alimentar brasileira se perpetua com a concordância entre a alienação governamental  e da sociedade produtiva, uma incógnita para um território tão fértil e produtivo.  É incontestável que as questões governamentais estejam entre as principais causas da alimentação precária e ou não saudável da população brasileira. De acordo com o artigo 6º da Constituição brasileira, a alimentação está entre os direitos socias individuais e coletivos. No entanto, seguindo os últimos dados relacionados a alimentação, não apenas no Brasil, mas no mundo, a alimentação teve aumento expressivo e dramático. Esse aumenta se dá não apenas pelos custos efetivos para a produção dos alimentos, mas também pela alta taxação de impostos. A junção disso, são alimentos mais baratos e não saudáveis no prato do cidadão. Da mesma forma, evidencia-se a despreocupação da sociedade de classes mais elevadas para auxiliar na diminuição do problema. Segundo Michel de Montagne, a mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil as pessoas. No entanto, vivemos em perspectiva análoga ao pensamento do filósofo, a atuação conjunta no intuito de alcance a todos de uma alimentação mais saudável encontra-se distante no país. Segundo informações do Ministério da Saúde, o país encontra-se com a saúde dos cidadãos em declive, onde a crise econômica associada a alta dos alimentos, deixa a população com acesso a alimentação precária trazendo riscos a saúde da população. O combate a "liquidez" citada inicialmente, envolve a falta de humanidade de órgão governamentais, que visam apenas enriquecimento da máquina pública versus a sociedade mais favorecida que tem a preocupação apenas vertical, com a sua subsistência, fazendo com que a resistência em combate ao problemas se perdure. Sendo assim, o Ministério da agricultura juntamento com o Ministério da Fazendo, devem estudar a redução de impostos visando a venda de alimentos por um preço mais acessível a população. Aliado a isso, a população de empresários poderiam criar ONGs, que visem a distribuição de alimentação a preços acessíveis para a comunidade de baixa renda, e projetos sociais com finalidade de levar nutricionistas até as comunidades para que possam dar orientação de alimentação saudável com produtos de baixo valor agregado, porém, mais indicados nutricionalmente. A cegueira nem sempre é combatida com óculos, as vezes basta levantar a cabeça.