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Enviada em: 31/10/2018

A deficitária qualidade e distribuição de alimentos no Brasil, associada à um estilo de vida moderno, faz com que a população brasileira possua uma série de desafios. Sendo assim, acredita-se que o acúmulo de informações, juntamente com a carência de um processo ético de organização do conhecimento, tenha gerado uma indústria alimentícia de baixa qualidade nutricional, além de que a desigualdade social que assola o país também contribui diretamente para esse cenário alimentício.       Em primeira análise, de acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman em sua teoria sobre a "modernidade líquida", o ser humano moderno está cada vez mais associado ao reconhecimento social baseado em uma sociedade consumidora e a falta de tempo. Desse modo, pode-se observar o consumismo exagerado de refeições rápidas, as quais contam com uma enorme deficiência nutricional e uma exorbitante quantidade de açúcares, sódio e gorduras, fomentando o aumento de doenças, como as cardiovasculares, relacionadas a má alimentação no Brasil.       Em segunda análise, de acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), uma em cada oito pessoas sofrem com a falta de alimento no mundo. No Brasil, é possível analisar a fome e a subnutrição como consequência da desigualdade social, visto que a atual conjuntura elitista da sociedade, juntamente com uma passividade governamental, não cria subsídios para uma alimentação barata e de boa qualidade.             Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Como disse o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Dessa forma, o MEC (Ministério da Educação), deverá promover palestras ministradas por especialistas na área da saúde em escolas, com o objetivo de desenvolver uma consciência crítica diante das consequências de uma má alimentação nos jovens. Ademais, o governo federal deverá fazer um acordo com as prefeituras municipais em prol da criação de hortas comunitárias, disponibilizando alimento para a população.