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Enviada em: 02/11/2018

Em 1948, foi promulgada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela Organização das nações unidas (ONU), a qual garante a todos o direito ao bem-estar e à saúde. Contudo, os desafios relacionados à alimentação no Brasil impossibilitam que grande parte da população usufrua desses direitos universais. Nessa perspectiva, não só o imediatismo da sociedade, mas também a falta de acesso à alimentos saudáveis, são obstáculos para a alimentação dos brasileiros ser balanceada.      É indubitável que, no contexto do século XXI, a vida na cidade predomina no país, e, ainda, exige praticidade na hora de comer. Por fruto disso, tem-se uma sociedade com hábitos alimentares distorcidos, onde o foco central é a praticidade e o sabor, não o teor nutritivo. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, todos estão submetidos à tempos líquidos, em que o imediatismo e o hedonismo se ressaltam em relação à preocupação com o futuro; este é o cenário da alimentação no século. Cabe ao governo mudar esse quadro, já que, o desbalanceamento da alimentação é intimamente associado à doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, entre outras que prejudicam o dia a dia dos brasileiros.      Ademais, faz-se indispensável, salientar a dificuldade de parte da população em ter acesso à alimentos saudáveis como um desafio vigente. Após a segunda guerra mundial, a industrialização se popularizou por todo o globo, assim, a rapidez e o baixo custo de alimentos conquistaram, sobretudo, a população de baixa renda. Percebe-se que, em suma, alimentos saudáveis e orgânicos apresentam preços elevados, já os industrializados são de fácil acesso, conquanto, não possuem valor nutricional e prejudicam a saúde pela presença de corantes, açucares e resquícios de agrotóxicos. Essa situação ignóbil está relacionada à inexistência ou incipiência de políticas públicas que visem diminuir os preços de alimentos orgânicos, e, também, acentuar os resultados malfazejos causados pela má alimentação, afinal, como disse o filósofo estadunidense, Ralph Waldo, "A maior riqueza é a saúde".     Destarte, pela observação dos aspectos analisados, faz-se necessário que o Estado, por seu caráter abarcativo, em união à Organização Mundial da Saúde (OMS), promova uma campanha, que se chamaria "Brasil nutrido". Nela, com a viabilização de 10% da verba destinada à saúde, nutricionistas dariam palestras em escolas e universidades e participariam de programas e propagandas midiáticas, relatando a importância de uma alimentação saudável, com o intuito de incentivar melhores hábitos nesse sentido; e, ainda, haveria a diminuição nos preços e maior distribuição de alimentos saudáveis e orgânicos, visando o maior consumo destes. Logo, os desafios relacionados à alimentação do Brasil serão combatidos.