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Enviada em: 07/05/2019

Na Pré-História,ocorreu a Revolução Neolítica, a qual foi a transição das atividades de caça e coleta para a agricultura de subsistência, como consequência desse processo houve o afunilamento do nicho alimentar humano.Contemporaneamente, a recente industrialização resultou em outra mudança nutricional, a qual acarreta os extremos: a subnutrição e a obesidade. Sob tal perspectiva, torna-se premente analisar os desafios relacionados à alimentação no Brasil. Nesse contexto, deve-se ressaltar os fatores concernentes à problemática.   Em primeiro plano, cabe salientar o descaso estatal como um dos aspectos potencializadores para o quadro do avanço da desnutrição no país. Isso ocorre pois poucos são os recursos destinados à políticas públicas como programas de redução da pobreza. Prova cabal disso, são os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura(FAO), os quais revelam que o Brasil pode retornar ao mapa da fome apenas 5 anos após te-lo deixado. Desse modo, comprova-se a negligência estatal ao reduzir o subsídio de programas sociais como ponto crucial na luta contra a fome.  Em segundo plano, destaca-se a obesidade como fruto da formação da coletividade ocidental. De acordo com o procedimento genealógico de Nietzsche, todo problema deve ser entendido sob um prisma estritamente histórico. Sob tal óptica, é perceptível a colaboração da Revolução Industrial para intensificar a obesidade devido ao acelerado estilo de vida atual, o qual aumenta a carga de trabalho e diminui o tempo para a alimentação. Assim, muitas pessoas buscam o "fast-food" e os congelados com elevada concentração de açucares e gorduras como via para nutrição. Dessa maneira, evidencia-se o aumento do peso da população como sequela da industrialização.  Dado o exposto, pode-se inferir que a alimentação brasileira encontra obstáculos. Portanto, medidas devem ser tomados para dirimir a temática. Logo, torna-se imperativo a ação do Ministério da Agricultura no incentivo à agricultura familiar em áreas de insegurança alimentar por meio da abertura de linhas de crédito para micro produtores com o intuito de não só proporcionar uma fonte de alimento ,mas também uma fonte de renda para o núcleo familiar. Não menos importante, deve ser a ação de escolas municipais em coadunação com profissionais de nutrição e educação física para ministrar palestras no período noturno para abranger a maior quantidade de pais e alunos com o objetivo de promover a reeducação alimentar e a realização de exercícios. Só assim, a nutrição tupiniquim tornar-se-á mais saudável.