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Enviada em: 09/06/2019

No filme “Muito Além do Peso”, de 2012, relata os maus hábitos alimentares presentes na população brasileira e como isso afeta a qualidade de vida, sobretudo, das crianças. Nesse sentido, a narrativa destaca o papel negativo das indústrias alimentícias e expõe os principais alimentos prejudiciais à saúde que são consumidos diariamente, dentre eles: bebidas industrializadas, carnes processadas e frituras. Fora da ficção, esse cenário de alimentação irregular permanece no cotidiano brasileiro e tornou-se um problema de saúde pública, visto que – seja pela publicidade da indústria alimentar, ora pela falta de conhecimentos básicos sobre nutrição – corrobora para a ampliação de doenças crônicas e distúrbios alimentares na sociedade.  Em princípio, cabe analisar a publicidade exposta pelo comercio alimentar sob a visão do filósofo polonês Zygmunt Bauman. Segundo o autor, as pessoas seguem a correnteza, obedecendo seus costumes diários e previamente impossibilitadas de mudá-los. Analogamente, a divulgação feita pelas empresas – a qual ressalta uma concepção de alimentos calóricos e industrializados serem mais interessantes que frutas e legumes – acaba por favorecer que cidadãos sigam a fluidez e mantenham-se omissos em hábitos saudáveis de nutrição. Por consequência, cada vez mais pessoas tendem a ingerir comidas com alto teor calórico, o que corrobora para o aumento de diabetes e obesidade no meio social.      Ademais, além das indústrias alimentícias, o desconhecimento sobre conceitos nutritivos também auxilia na problemática e convém ser contestado sob a perspectiva da filósofa alemã Hannah Arendt. Segundo a autora, a sociedade sustenta práticas deploráveis simplesmente por não analisar a repercussão desses atos. Dessa forma, no momento que o indivíduo ignora práticas alimentares saudáveis e analisa esse aspecto com irrelevância, o mesmo conserva uma rotina repleta por refeições gordurosas e não percebe o impacto que essa atitude pode causar. Logo, observa-se em vários cidadãos a perda da boa disposição e a formação de transtornos nutricionais, como bulimia e anorexia.    Diante disso, torna-se evidente que medidas devem ser tomadas. Para isso, as escolas, com auxílio governamental, devem difundir esse assunto de maneira intensiva, de modo a usar documentários nutricionais, em aulas especiais de Educação Física, que possam ensinar aos alunos os benefícios de ingerir comidas saudáveis para que os mesmos propaguem aos seus pais. Dessa forma, será possível construir uma alimentação equilibrada na sociedade e recuperar o bem-estar popular. Além disso, a mídia digital, por meio de postagens em redes sociais, deve divulgar campanhas que opõe a publicidade feita pelas indústrias alimentícias, a fim de realçar refeições benéficas à saúde e inibir maus hábitos nutritivos, assim como os do filme “Muito Além do Peso”.