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Enviada em: 15/07/2019

Morre pela boca Segundo o estudo Peso Global das Doenças, a obesidade reduz mais a expectativa de vida no mundo do que a fome, e acima daquela está a alimentação pobre em nutrientes.Tal conclusão mostra que ,mesmo ante a importância do comer saudável, governo e sociedade  figuram negligentes - o que ,além de reduzir a vida das pessoas, sobrecarrega a máquina pública. Nessa contexto, infelizmente, o Brasil não é exceção. E para que esse problema seja mitigado, urge uma nova política pública educacional.      As consequências dos hábitos alimentícios ruins podem ser compreendidas com a ressignificação do ditado popular: o peixe morre pela boca. Assim como a maioria mundial, os brasileiros vivem mal e morrem pelo que comem. Essa realidade é percebida pelos dados do Ministério da Saúde, os quais apontam acidente vascular cerebral, infarto, diabetes, hipertensão e câncer entre as maiores causas de falecimento, as quais são ,em sua maioria, geradas e agravadas pela má alimentação. Por conseguinte, o sistema previdenciário é onerado, enquanto os que convivem com os resultados da comida não saudável contribuem para a sobrecarga do Sistema Único de Saúde.     Indubitavelmente, a maioria das motivações para se alimentar mal provém da mídia e redes sociais. Em primeiro plano, verifica-se a força da industria alimentícia por meio das propagandas. Um exemplo disso é a consagrada frase "Compre batom" de uma publicidade da Chocolates Garoto, que com o uso da função da linguagem apelativa, literalmente apela para o consumo entre as crianças. Mas, com a ascensão da era digital, publicar o que se come tornou-se comum, e a busca por adequar a sua alimentação aos padrões sociais postados -geralmente prejudiciais- aumentou. Assim, com esses modismos, somados a mutos mitos alimentícios propagados na internet,agora indivíduo come mal por causa dos apelos da sociedade para a própria sociedade.     Portanto, nota-se a necessidade de uma população conscientizada. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação estabelecer aulas obrigatórias na grade curricular ,desde o ensino básico, de Educação Alimentar e Nutricional, a fim de que os alunos aprendam sobre nutrição e a interpretar rótulos. Ademais, os pais devem ser convidados para palestra com especialistas, para que não apenas a geração emergente seja atingida. Dessa forma, a sociedade brasileira poderá da o primeiro passo em direção a exemplaridade alimentar.