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Enviada em: 28/09/2017

A utopia é possível        Com a expansão de ideologias mercantis no Brasil, geraram-se grandes desafios quanto à obtenção de alimentos saudáveis. Na contemporaneidade, tais impasses perpetuam-se, seja pela expansão da fronteira agrícola, seja pela mercantilização da indústria alimentícia. Logo, há a necessidade de se conhecer essa problemática, em prol de seu combate.              A priori, vale ressaltar que o agronegócio brasileiro é marcado por grandes latifúndios na região do Centro-Oeste e Meio-Norte. Nesse sentido, cria-se, plantações marcadas por inúmeros agrotóxicos visando a sua resistência e rápida produção. Posto isso, torna-se alarmante a quantidade de insumos pulverizados nesses alimentos, visto que o ano de 2011 foi recorde, com o total de 852,820 milhões de litros utilizados nas lavouras do Brasil. Dessa forma, o avanço das fronteiras agrícolas no país se demonstra condenável, pois os cidadãos dessa pátria estão submetidos ao contato indireto com produtos químicos que podem ser danosos à sua saúde. Portanto, medidas devem ser tomadas, a fim de combater tal problemática.        Ademais, entender o pensamento de Adorno e Horkheimer perante a Indústria Cultural é fundamental, pois esses defendem que ela mercantiliza produtos, sendo um deles os alimentos. Por conseguinte, mediante do fenômeno da globalização, multinacionais alimentícias conseguem penetrar no território brasileiro, acarretando na mudança de hábitos nacionais. Diante disso, os cidadãos influenciados pelos comerciais televisivos, substituem suas heranças culinárias por ''fast foods'' e derivados. Assim, a população está mais propensa a se tornar acima do peso, o que impactaria negativamente na qualidade de vida desses indivíduos. Por fim, carece-se a atuação de agentes, para solução de tal conflito.          Infere-se, portanto, a urgência de medidas para combater os desafios relacionados à alimentação no Brasil. Dessa maneira, cabe aos agricultores brasileiros procurar formas alternativas quanto ao uso de agrotóxicos nas plantações, como a introdução de predadores naturais às pragas, ao invés de insumos, a fim de gerar consumíveis sem alteração química. Outrossim, cabe ao Governo Federal fiscalizar e banir alimentos prejudiciais aos cidadãos, por meio de incentivos monetários e o acréscimo de profissionais sanitários à Anvisa, a fim de desconstruir o quadro de uma possível população obesa. Então, somente assim, tanger-se-á uma utopia na construção de uma pátria brasileira com hábitos alimentares saudáveis e exemplares.