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Enviada em: 01/06/2018

Em muitos países do mundo, a preservação dos direitos das crianças e adolescentes já se tornou uma prioridade. No Brasil, entretanto, o atraso quanto a essa discussão tem causado uma série de problemas. Por meio disso, cabe analisar as principais causas e consequências desse assunto.   De acordo com o historiador Philpe Áries, as crianças eram vistas nos séculos XIV ao XVI como adultos em miniatura. Por conta disso, atualmente, esse pensamento ainda é presente em uma parcela da sociedade, na qual muitas vezes expõem o jovem a situações de risco, como a trabalho forçado. Por meio disso, foi estabelecido uma série de direitos, o Estatuto da criança e adolescente(ECA), para amparar esses jovens. Todavia, infelizmente, ainda há diversos episódios em que o ECA não pode proteger as crianças, devido a falta de denúncias e testemunhas para validar os abusos sofridos.   Ademais, segundo o sociólogo Zyymunt Bauman, na obra "modernidade líquida", o individualismo é uma das principais características da pós-modernidade. Em razão disso, esse egoísmo por parte da população tem assumido contornos específicos na sociedade brasileira, onde a cada uma hora são registrados 5 casos de violência contra crianças, conforme  o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Em virtude disso, fica claro que apesar dos esforços do Estado para amparar os jovens por meio de novas leis, como a lei da palmada, ainda não é suficiente, é necessário uma ação conjuntural como a sociedade.   Fica evidente, portanto, que o Governo deve incentivar as mídias por meio de incentivos fiscais a criarem campanhas publicitárias para incentivarem a população a denunciar e testemunhar os casos de burlamento desses direitos. Para mais, o Ministério da Educação deve instituir que as escolas ofertem palestras, com psicólogos, tanto para os pais, como para os filhos afim de identificar e combater possíveis agressões. Espera-se, com isso, que tanto o pensamento de Áries, como o de Bauman seja desfeito e que ao longo dos anos os direitos infanto juvenis seja uma prioridade para a sociedade brasileira.