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Enviada em: 23/06/2018

Na obra ''Capitães de Areia'',o escritor baiano Jorge Amado expõe,por meio do abandono afetivo e da marginalização de um grupo de meninos de rua,o modo omisso que a sociedade brasileira,historicamente,trata os jovens.Desse modo,notam-se desafios intrinsecamente ligados à problemática dos menores de idade,seja pelo trabalho infantil radicado no país,seja pelos ínfimos investimentos governamentais.     O Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) assegura direitos imprescindíveis para a manutenção da sociedade.No entanto,verifica-se grande discrepância entre a teoria e a realidade contemporânea,pois mais de 3 milhões  de jovens brasileiros,de 5 a 17 anos,trabalham ilegalmente,segundo o IBGE.Em função da desigualdade social,esses indivíduos são coagidos à exploração em função da complementação da renda familiar,fenômeno correlacionado com a evasão escolar e com as sequelas físicas - amputações,fraturas e queimaduras - em crianças.         Além disso,consoante ao sociólogo Émile Durkheim,o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar,logo uma pessoa que vive em uma sociedade negligente tende a adotar essa singularidade.Nesse contexto,percebe-se a violência infantil enraizada no país,visto que agressões físicas,verbais e sexuais são,cada vez mais,habituais na contemporaneidade.Outro fator relevante é o abandono familiar,prática que incide negativamente no cotidiano e no psicológico dos mais jovens,favorecendo a criminalidade,a prostituição e a dependência química.         Urge,portanto,que as instituições nacionais cooperem para mitigar esse desafio.Cabe ao Estado promover campanhas,por meio da mídia,que conscientizem a população acerca da importância de denunciar a exploração e a violência infantil com o intuito de garantir igualdade social.Ademais,convém às ONG's criarem,com o apoio da iniciativa privada,projetos de inclusão aos jovens moradores de rua,visando diminuir a criminalidade infantil mediante a alfabetização.Com essas medidas,será possível reverter os problemas narrados na obra de Jorge Amado.