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Enviada em: 13/08/2018

Na obra " Entre quatro paredes ", do filósofo Jean-Paul, o protagonista Garcin declara a sentença " o inferno é os outros ". Desse modo, afirma sua insatisfação em conviver socialmente, vista a pluralidade notória de idiossincrasias humanas respalda na falta de empatia. Logo, pode-se dizer que o contexto retratado se reflete na negligencia de crianças e adolescentes, no Brasil. Resultado da consonância de uma sociedade com uma lenta mentalidade social, além de um Governo que não garante os direitos previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).          Dessa maneira, é importante salientar que a questão judiciária e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, no livro “Ética a Nicômaco”, a política serve para garantir o equilíbrio entre os cidadãos, logo, se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil, tal fato se reflete nos altos índices de violência. Segundo a Unicef, 30 crianças/adolescentes morrem por dia, no país. Esse dado mostra que mesmo que exista uma Lei que os proteja, na prática esses estão a mercê da crueldade.        Ademais, outro ponto relevante, nessa temática são as crenças pessoais. De acordo com Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Sob essa conjuntura, podemos analisar que as raízes implantas na sociedade dificultam na erradicação do racismo, de acordo com Sistema de Informações Sobre Mortalidade (o Datasus) os adolescentes negros são 5 vezes mais vitima de homicídio do que os brancos. Um exemplo, aconteceu na Maré, na qual o estudante Marcos Vinicius, de 14 anos, foi foi morto a caminho da escola, por um policial.. Perante disso, percebe-se que o pensamento enraizado no Brasil, em que o criminoso sempre é negro, dificulta na garantia dos direitos previsto por crianças e jovens.       Conforme ressaltado alhures é de suma importância que primordialmente, a sociedade civil organizada exija do Estado, por meio de protestos, a observância dos direitos das crianças e adolescentes. Desse modo, cabe ao Governo Federal, investir em delegacias especializadas na proteção de crianças e adolescentes. Além disso, o Ministério da Educação deve criar um programa escolar nacional de cursos técnicos, para que assim o jovens tenham maiores oportunidades, além de ocupar para que esses não entre na criminalidade. Paralelamente, ONGs devem corroborar esse processo a partir da atuação em comunidades com o fito distribuir cartilhas que informe a importância de crianças e adolescentes estudarem. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles esse fato social será gradativamente minimizado no país.