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Enviada em: 20/08/2018

No âmbito da Revolução Industrial, mais precisamente em 1789, as fábricas passaram a utilizar mão de obra juvenil para aumentar seus lucros, evidenciando assim, que esse público não era devidamente protegido pelo Estado. Todavia, no Brasil, mesmo respaldados pela Constituição de 1988, os direitos dos jovens são ineficazes. Isso acontece tanto pela negligência do governo em oferecer às crianças boas escolas, quanto as famílias que retardam seu pleno exercício da cidadania.    A priori, destaca-se a importância da educação na garantia dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil. Entretanto, nas comunidades mais carentes do país, onde falta escolas com boas infraestruturas, o tráfico é mais atraente para essa população. Acarretando, assim, em uma crescente aderência à vida do crime por essas pessoas. O sociólogo Pierre Bourdieu, afirma que não é culpa do indivíduo escolher ser bandido, mas sim da carência de cidadania e acesso às condições de uma vida digna.      Outrossim, é mister que o núcleo familiar em consonância com o Estado, garanta o funcionamento dos direitos de adolescentes no país. De acordo com pesquisas realizadas pelo jornal ''O Globo'', a evasão escolar é proveniente da obrigação de trabalhar pelos jovens e da precaridade das escolas brasileiras. Dessa maneira, a falta de diálogo com seus familiares corrobora para tal ação, já que se houvesse mais conversas, a saída de crianças e adolescentes do ensino público no pais, seria menor.   Destarte, para que o pensamento de Bourdieu seja corretamente interpretado, diligências deverão ser tomadas. É indubitável que o governo federal, por meio do Ministério da Educação, repasse maiores verbas destinadas às escolas das periferias, para melhores merendas, materiais dignos e uniformes, assim, adolescentes não optarão pela vida do crime. Ademais, é necessário que as famílias, por meio de diálogos, conscientize as crianças da importância do conhecimento, para dessa maneira, solucionar o problema da evasão do ensino público no Brasil. Logo, os erros cometidos na Revolução Industrial, de 1789, não serão repetidos.