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Enviada em: 26/08/2018

As crianças e adolescentes, na esmagadora maioria dos núcleos sociais brasileiros, são tratadas de forma que pode-se adequá-los, sociologicamente, as demais minorias sociais. Ademais, boa parte das disfunções sociais atuais são reflexos dos primeiros anos de vida que, em sua maioria, são permeados pela violência e pelo medo. Outrossim, os governos não correspondem adequadamente às necessidades civis básicas, o que impacta negativamente e de forma exponencial na sociedade, sendo este um fator motivador à criminalidade.     No livro "Besame Mucho", do pediatra Carlos Gonzáles, diversas são as citações sobre a importância da criação das crianças ser pautada por carinho, respeito e atenção. Historicamente, a sociedade arrasta costumes violentos como foma de "educar" as crianças, posto que ao não bater ou gritar estaria-se sendo absolutamente permissivo. Fere-se, por tanto, o direito à integridade física e emocional desde tenra infância, os impactos danosos destas convenções sociais refletem na vida adulta e são largamente constatados através de algumas linhas da psicologia, tais como a hipnose.    Sincronicamente, a sociologia explana a ligação entre a disparidade social e o aumento da criminalidade e da violência. Desde o nascimento, os "filhos da periferia" no Brasil têm o acesso a saúde, educação e lazer de qualidade, subliminarmente, negados. Pode-se inferir, por tanto, e tomando como exemplo países com maior equidade social, que a solução para a redução da violência não se encontra em penas mais duras, mas no cumprimento dos direito elementais dos cidadãos, bem como no desvelo às crianças e adolescentes.     Por tanto, é imprescindível que o governo estruture cursos destinados às famílias, pautados na disciplina positiva e comunicação não violenta (CNV), sobre as fases e necessidades dos bebês, crianças e adolescentes, bem como possíveis soluções sadias para conflitos. Dessa maneira, a fase pueril seria grandemente beneficiada com a criação amorosa e empática que lhes é de direito, além de refinar a vida adulta e as relações sociais como um todo.     Outrossim, faz-se essencial o investimento dos representantes afim de melhorar a educação nas escolas públicas, o acesso à saúde e às universidades. Ademais, a aplicação de imposto sobre grandes fortunas mostra-se como possível solução para o início da redução da desigualdade social e os valores arrecadados poderiam ser revertidos às demandas dos menos afortunados. Concomitantemente, o governo poderia investir em cursos gratuitos de música, dança, terapias em grupo, entre outros; tendo como escopo a sanação de demandas essenciais das crianças e jovens, bem como o aumento do sentimento individual de coesão social, acarretando na diminuição dos índices de violência.