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Enviada em: 18/08/2018

No final do século XX, durante o Neocolonialismo, a missão de civilizar os povos considerados atrasados, foi uma justificativa dos europeus para o Imperialismo, considerado o "fardo do homem branco". Análogo a isso , nota-se que os jovens têm sido um fardo para o Estado brasileiro, fato observado na dificuldade em mantê-los nas escolas e longe dos crimes. Desse modo, é de fundamental relevância avaliar como a realidade dos jovens não terem os direitos resguardados, afeta negativamente suas vidas, contribuindo, por exemplo, para o aumento da criminalidade.      " O homem é aquilo que a educação faz dele". De uma análise dessa afirmação, pode-se concluir a importância das escolas para a formação cidadã dos jovens, uma vez que por meio dela, as crianças e adolescentes podem aprender sobre a sociedade e ter oportunidades de um futuro melhor. Contudo, os pequenos não têm o direito à educação, de qualidade, respeitado, o sistema educacional carece de infraestrutura e atividades sociais e culturais que estimulem o interesse em continuar frequentando a escola e estudando. Assim, além das leis que protegem as crianças de tratamentos cruéis - como a "Lei da palmada" - é necessário que o acesso ao ensino seja assegurado, para que se evite a entrada de menores no mundo do crime, visto, às vezes, como uma saída alternativa.       Em uma segunda análise,  dados do UOL afirmam que mais de 60% dos jovens que estão fora da escola têm entre 15 a 17 anos, entende-se, assim, que muitos adolescentes precisam trabalhar para ajudar na renda familiar, saindo da escola, e frequentemente se aliando ao crime, visto como uma opção mais prática. Nesse contexto, o Estado tem analisado a diminuição da maioridade penal, como solução, porém, o sistema carcerário brasileiro não possui estrutura de reabilitação e ressocialização que ajude essas vítimas da falta de efetividade de seus direitos, à cultura, à profissionalização, à convivência familiar  e comunitária. Por conseguinte, os pequenos que são o futuro da nação, continuam, contraditoriamente, como um "fardo" para o próprio país.       Dado o exposto, conclui-se que é de fundamental importância a resolução dessa problemática. Desse modo, para que os jovens tenham uma formação educacional, o MEC deve garantir escolas com boa infraestrutura e profissionais qualificados,que por meio de aulas extracurriculares - em laboratórios, na natureza - promovam atividades culturais de interação e socialização que estimulem a vontade de aprender e continuar na escola. Além disso, o ECA deve garantir os direitos das crianças e adolescentes, auxiliando as famílias de modo que os filhos não precisem deixar de estudar para trabalhar e tenham acesso à lazer, à cultura - com saúde e segurança - por meio de mutirões organizados pela prefeitura, tornando, assim, os jovens , não um fardo, mas um futuro promissor.