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Enviada em: 18/08/2018

Na obra "A República" (380 a.C.), o filósofo Platão idealiza uma organização política pautada em uma harmonia social completa, livre de conflitos e adversidades. Desde então, essa filosofia impulsionou o desejo das nações de alcançarem esse feito. Entretanto, atualmente, a violação dos direitos das crianças e adolescente tem afastado o Brasil na conquista desse objetivo. A partir disso, é válido analisar os aspectos políticos e sociais que envolvem esse entrave.       De início, pontua-se que o Estado mostra-se inerte ao não atender o direito à saúde do menor. Isso porque tem uma falta de investimento em hospitais públicos, fator que deixa o atendimento e a realização de exames defasados, prejudicando, assim, a criança que precisa de suporte médico.  Constata-se, desse modo, que o contrato social foi rompido, já que segundo o filósofo Thomas Hobbes, é dever do governo manter o bem-estar de toda a coletividade.       Ainda, pontua-se que falta engajamento coletivo para se lutar em prol da educação de qualidade para as crianças. A explicação disso é que as pessoas não se mobilizam, de forma efetiva, para exigir uma escola que tenha um ensino que conscientize o jovem brasileiro na sua escolarização, uma vez que as escolas possuem uma grade de estudos defasada. Considerando as reflexões do sociólogo Zygmunt Bauman para entender esse fenômeno, percebe-se que o pessimismo da modernidade exerce coerção sobre as pessoas, fazendo com que elas permaneçam inertes diante de quadro negativos.       Evidencia-se, portanto, que o menor dever ter seus direitos atendidos. Por isso, é preciso que o poder governamental, em conjunto com o Ministério da Saúde, invista nos hospitais, aumentando a quantidade de profissionais da área, além de aumentar o número de equipamentos hospitalares, na intenção de atender o direito básico à saúde da criança. Também, é importante haver a atuação de organizações não governamentais, em conjunto com o Ministério da educação, na criação de programas estudantis e palestras públicas voltadas para a criação de um senso crítico na população, afim de que o corpo social possa exigir do Estado uma atuação mais incisiva na educação da criança e do adolescente. Com isso, seria possível se aproximar dos ideais utópicos propostos por Platão.