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Enviada em: 17/08/2018

Com majoritária parte da população rural, antes de passar pelo processo de urbanização em 1930, as famílias brasileiras rurais viam em seus filhos uma fonte de mão de obra. Hoje, no Brasil, crianças e adolescentes não podem trabalhar até atingirem 14 anos e têm direitos inalienáveis assegurados por lei. No entanto, casos de de violação dos direitos do menores são expressivamente recorrentes. Nesse sentido, deve-se observar que as progressivas privações a que são submetidas as crianças começam, geralmente, no ciclo da pobreza.      Primeiramente, pode-se perceber que a carência é um fator exponencial para que indivíduos estejam sujeitos à situações de vulnerabilidade. É sabido que existem condições mínimas imprescindíveis que fornecerão subsídios para o amplo desenvolvimento de crianças e adolescentes. Assim, quando a privação de direitos básicos, como o da saúde, começa ainda na vida intrauterina, tendo em vista que a mortalidade infantil cresceu 11% em 2016, segundo o Ministério da Saúde, e estende-se à ausência de uma alimentação balanceada e de condições de higiene, o indivíduo passa por uma escassez de possibilidades para desenvolver seu potencial e tornar-se cidadão. Tal mazela acomete,hoje , 61% das crianças brasileiras, as quais vivem em situação de pobreza, segundo a UNICEF ( Fundo das Nações Unidas para a infância).     Ademais, a restrição estende-se às escolas , muitas vezes precárias ou inexistentes . A educação é capaz de elevar pessoas a um patamar superior, possibilitando que essas escolham livre e soberanamente qual é o melhor comportamento, no entanto, a falta de estruturas físicas ou condições extremamente precárias potencializam a evasão escolar de crianças e jovens, essas, muitas vezes, engrossarão as estatísticas do trabalho infantil ou até mesmo da prostituição. Nesse sentido, a visão Marxista de que as condições materiais dos indivíduos formam sua consciência corrobora tal fato.    Pode-se perceber, portanto, que a pobreza potencializa a violação dos direitos de crianças e adolescentes. Cabe ao Ministério do desenvolvimento social, em  parceria com ONG´s mapearem as áreas com maior índice de desnutrição infantil e distribuir kits básicos de alimentos ricos nutricionalmente, como frutas e legumes, financiados pelo Governo federal e distribuídos pelos voluntários, visando mitigar em curto prazo o latente problema. Concerne às empresas privadas que recebem isenções fiscais financiarem professores para ministrarem cursos de alfabetização tardia para jovens que não ingressaram nas escolas, tais cursos serão  ministrados nos espaços físicos de igrejas .