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Enviada em: 24/08/2018

Durante a primeira fase da Revolução Industrial, o uso da mão de obra infantil marcou de forma veemente reflexo do alto número de acidentes sofridos pelos menores nos ambientes insalubres das fábricas. Desde a antiguidade, a utilização de crianças para o auxílio de atividades destinadas a adultos era corriqueiro e suas infâncias eram bruscamente transformadas em maior idade. Apesar do avanço da humanidade em diversos pontos na contemporaneidade, essa situação ainda perdura e casos de infrações dos direitos legais dos menores são frequentes. Dessa forma, é imperativo analisar a violência infantil e a precária rede de educação pública que marcam os direitos das crianças e adolescentes no Brasil.    No que concerne à violência infantil, é inquestionável que tal fator esteja associado ao núcleo familiar. O primeiro contato com a sociedade por um recém-nascido é com seus familiares e suas ações tornam-se inconscientemente moldes reflexo das realizadas pelos parentes. No entanto, os casos de famílias que abusam da força para induzir seus filhos a realizar algo representa uma violação explícita aos Direitos Constitucionais direcionados à criança e ao adolescente visto que tal violência, muitas vezes, reflete na morte do menor. A novela "Malhação-Vidas Brasileiras" retrata tal argumento explicitamente ao apresentar a história de Garoto que, ao perder sua mãe, passou a morar com seu padrasto mas foge de casa depois de anos que foi espancado pelo mesmo. Apesar de cenas fictícias, esse exemplo é comum entre os jovens brasileiros que preferem morar na rua do que viver sobre tal atrocidade.    Outro ponto que merece destaque refere-se à precária rede de educação pública. O grande número de brasileiros de baixa renda provocam um aumento da população que busca auxílio educacional aos seus filhos nas escolas públicas e tais instituições, na maioria das vezes, não estão aptas para suprir todos os escopos necessários. Outrossim, a precária estrutura e a escassa banca de educadores são, por exemplo, pontos que necessitam de maiores investimentos governamentais na busca da educação de qualidade para todos. Assim, o progresso social seria alcançado reflexo da rede educacional desenvolvida e o sociólogo Paulo Freire aborda tal questão ao citar: "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda".    É mister, portanto, que algo seja feito para resolver esse impasse. Logo, é papel do Poder Público realizar projetos no ambiente escolar público com o fito de promover ensino de qualidade para toda a sociedade brasileira. Além disso, é indubitável que a mídia socialmente engajada promova campanhas contra a violência infantil via redes sociais a fim de alertar e lutar contra o uso da força como forma de educar. Dessa maneira, com essas e outras ações, o quadro reverte-se-á e vidas serão salvas.