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Enviada em: 19/08/2018

O movimento romântico literário do século XIX, retratava o período da infância como uma época feliz e livre de conflitos. Entretanto, na conjuntura hodierna brasileira, o número de crianças e adolescentes com seus direitos postergados é preocupante. Assim, fica evidente que a negligência do Governo e do corpo social são as principais causas da problemática, sendo necessário combatê-las.    Em uma primeira análise, cabe discorrer sobre as extensas falhas governamentais, no que se refere à garantia das prerrogativas do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). De acordo com o Ministério de Direitos Humanos, responsável pelo disque 100, a cada 6 minutos no Brasil ocorre a violação de um direito resguardado pelo ECA. Esse número pode ser considerado superior, em razão da vulnerabilidade desses indivíduos. Desse modo, observa-se um país repleto de crianças que sofrem com o descaso do poder público, muitas vezes, sem acesso à saúde, à educação, à cultura e ao esporte, por conseguinte encontram-se  à mercê da marginalização.     Outrossim, é válido ressaltar o desmazelo da sociedade no que tange a efetivação dos direitos da população infantojuvenil. Comumente, casos de crimes contra essa parcela social são divulgados pela mídia, como os abusos psicológicos, sexuais, trabalho infantil e o abandono por parte da família, sendo assim perceptível que parte da comunidade acaba por ignorar essas ocorrências. Segundo Comte, filosofo fundador do positivismo, é necessário ver para prever, a fim de prover. Nesse sentido, é possível ver a realidade difícil da juventude brasileira e prever uma geração futura afetada, fazendo-se imperioso providenciar melhorias.   Portanto, faz-se necessário que ações sejam tomadas para garantir plena efetivação do ECA e um futuro promissor para a nação brasileira. Cabe ao Governo, ampliar o acesso aos direitos fundamentais, por meio de maior quantidade de subsídios destinados à educação, saúde e cultura. Ademais, os governos municipais devem promover maior fiscalização, através da extensão dos Conselhos Tutelares, órgãos responsáveis por zelar pelo cumprimento dos direitos infantis, para que os crimes sejam reduzidos. Assim, a comunidade infantojuvenil desfrutará de uma fase amplamente feliz, como a proposta pelo movimento romântico.