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Enviada em: 20/08/2018

Em plena revolução industrial, crianças e adolescentes ficavam sujeitos a trabalhos exaustivos em grandes fábricas inglesas, muitos não escapavam de ter um de seus membros decepados por umas das maquinas. Analogamente, no Brasil do século 21, muitas crianças e adolescentes brasileiros têm seus direitos negados,sendo o trabalho infantil e a violência, uma constante em suas vidas, principalmente, nos bairros de periferia, onde muitas das vezes essas são uma das únicas opções para eles.       Sobre isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu artigo 4, assegura a todas as crianças e adolescentes o direito à vida, à dignidade, à educação. Contudo, isso não é efetivado, de fato, visto que muitas crianças pobres deixam de estudar para trabalhar em ruas e em transportes públicos, para sustentar a si e as suas famílias. Isso pode ser observado em dados revelados pelo IBGE no ano 2015, o qual diz que há cerca de 2,7 milhões de crianças entre 5 e 17 anos que exercem algum tipo de trabalho. Desse modo, observa-se que existe um poder público inerente a essa situação precária, que não investe em meios para solucionar a pobreza do país, pois só assim essa minoria poderia deixar as ruas, pistas, ônibus e metrôs, para estarem onde realmente deveriam, a escola.    Além disso, sabe-se que a violência entre o público infanto-juvenil só vem crescendo nos últimos anos. Isso é resultado de uma distribuição social desigual, que privilegia os ricos, enquanto crianças pobres das periferias do país, sonham em um dia possuírem uma chuteira da "Nike" ou um "Playstation", produtos esses tão divulgados nos glamourosos comerciais de televisão. Paulo freire defendia a ideia de que quando não há meios libertadores, como a educação, o oprimido torna-se o opressor. Assim, quando esse público não possui meios para obter esses produtos tão idealizados pelo capitalismo, como uma educação de qualidade com uma formação profissional, sua única saída é o mundo do crime.      Urge, portanto, cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente. Cabe ao Governo Federal, aliado às prefeituras e às empresas privadas, se utilizar do orçamento federal para criar nas comunidades ou próxima delas, escolas de tempo integral para as crianças e jovens carentes. Esses locais serão destinados para o desenvolvimento desse público, com uma programação que vai das aulas regulares de matemática, até aulas de música, dança, teatro e esportes em geral, além de implantar o ensino técnico aliado ao ensino médio, sendo abertas aos sábados para toda a comunidade, para realização de atividades socioeducativas. Assim, espera-se que haja uma mudança no cenário atual.