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Enviada em: 19/08/2018

Subordinada aos interesses pessoais doentios de uma bruxa, Rapunzel- Personagem de um famoso conto infantil- tinha seus direitos e parte de sua liberdade privados. Não tão diferente dessa obra literária, atualmente, parte das crianças e adolescentes sofrem abusos constantes e têm suas dignidades e infância perdidas. Nesse sentido, vale levar em consideração a relação de jovens, geralmente de favelas, com o tráfico de drogas e o papel da escola na condição cidadã desses.       Segundo a teoria da tábula rasa de John Locke, “O ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências". Com isso, indivíduos que vivem em lugares nos quais a criminalidade predomina, tendem a tornarem-se delinquentes, aumentando a insegurança populacional. Sendo assim, é notaria a preocupação do Congresso Nacional que, busca aprovar a maioridade penal, para que jovens a partir dos 16 anos respondam pelos seus atos. Porém, essa seria uma solução a curto prazo uma vez que, traficantes iriam recorrer a crianças com idade cada vez menor para realizarem seus trabalhos, as quais a lei não alcançariam. De certo, o melhor desfeche para tal problemática seria o investimento governamental em necessidades básicas infantis como um ensino de qualidade, esportes e saúde, o que não é uma realidade para muitos jovens.      Outrossim, é dever da escola discutir sobre problemas atuais, incentivando os discentes a posicionar-se de maneira critica, responsável e construtiva. Contudo, não é o que ocorre na prática, visto que as instituições de ensino deixam de debater com os alunos a importância dos seus direitos e deveres. Segundo Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, posto isso, se as escolas não abordam tal temática, abrem espaço para que, assim como na história de Rapunzel,crianças e adolescentes, sejam vitimas da opressão de indivíduos que não respeitam os direitos dessas.           Fica evidente, portanto, que há entraves, no investimento do Poder Executivo e nas escolas, para combater. Nesse sentido, cabe às instituições de ensino alertarem aos alunos desde a infância a importância dos seus diretos e deveres como cidadãos, por meio de palestras, com profissionais qualificados como pedagogos e psicólogos, a fim de orientá-los quanto a relevância da sua infância. Dessa forma, os alunos crescerão cientes da sua condição de cidadão. Além disso, cabe ao Governo Federal um maior investimento em ensino, esportes e saúde, com o proposito de retirar jovens da condição de futuros criminosos.