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Enviada em: 20/08/2018

Respeitar os direitos das crianças e adolescentes é assegurar o futuro do Brasil. Entretanto, não é essa a realidade presenciada no país. Dessa forma, é necessário compreender quais são as lacunas no que tange o respeito aos jovens cidadãos e como preenchê-las, posto a fragilidade desse grupo.   Ainda que a criação do Estatuto da Criança e Adolescente, em 1990, tenha sido uma vitória na conquista pelos direitos dessas faixas etárias, muitos desses não são assegurados, entre eles o da educação. Nesse âmbito, é preocupante o índice de indivíduos que não tem acesso ao ensino formal: segundo dados do IBGE, 3,8 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos estão fora da escola.  Entre os motivos para tal privação, encontra-se a vulnerabilidade social, sentida por aqueles que fazem parte de minorias, como afrodescendentes e indígenas. Aliado à vulnerabilidade, está o difícil acesso a instituições escolares, infelizmente comum em zonas rurais e comunidades ribeirinhas. Em suma, não assegurar a jovens brasileiros o acesso à educação é impedir esses cidadãos de terem uma chance de atingirem seu potencial, bem como desenvolverem-se de maneira igualitária.     Do mesmo modo que a ausência de ensino é um ataque ao desenvolvimento infantojuvenil, a violência também constitui-se como problemática exorbitante. Seguindo essa lógica, a violência manifesta-se, infelizmente, em diversas facetas na vida desses indivíduos; pode ser presenciada na primeira infância, caso mencionem-se situações de castigo corporal, a princípio manejadas pela Lei da Palmada. Contudo, essa lastimosa realidade não ocorre somente no ambiente doméstico, posto que a incidência de atos como o bullying aumenta exponencialmente. Ademais, ao crescer em um ambiente violento, o risco de morte é maior: segundo relatório da Unicef, no mundo, a cada 7 minutos uma criança ou adolescente morre, vítima de homicídio ou outras formas de violência. Desa forma, percebe-se que a violência também constitui-se como uma violação aos direitos dos jovens brasileiros.    Portanto, diante das lamentáveis atentados aos direitos dos jovens cidadãos, são necessárias ações. É primordial o maior investimento em educação, visto que essa é a principal responsável pelo desenvolvimento de crianças e adolescentes e pode servir como meio para retirá-los de ambientes violentos. Nesse viés, faz-se importante a implantação de instituições de ensino em áreas carentes e remotas do país, por parte das esferas governamentais locais, bem como a capacitação de profissionais para atuarem com essa parcela singular da população. Além disso, é essencial que ocorra orientação desses jovens, no âmbito escolar, a fim de que saibam a quem recorrer em situações de violência. Dessa maneira, será possível garantir um futuro brilhante para o país, o qual será assegurado pelas crianças e adolescentes brasileiros.