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Enviada em: 31/10/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todas as crianças e adolescentes o direito à educação, lazer e ao bem-estar social. Conquanto, a precariedade no sistema educacional e a negligência familiar impossibilita que essa parcela da população desfrute desses direitos universais na prática. Nesse sentido, faz-se necessário que subterfúgios sejam encontrados, a fim de solucionar essa inercial problemática.        A educação é o principal fator de desenvolvimento de um País. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no aumento da evasão escolar. De acordo com o Inep, os casos de desistência acadêmica aumentaram 14%. Frente a tais fatos, é possível afirmar que o crescimento desse número é diretamente proporcional ao crescimento do trabalho infantil, o que prova o baixo IDH brasileiro.         Vale ressaltar, ainda, que as implicações advindas da compactuação da sociedade, sobretudo, a negligência familiar, possui estreita relação com o aumento de casos de trabalho infantil. Tal advento resulta na exploração, opressão e crueldade contra os juvenis. O livro “Capitães da Areia”, de Jorge Amado contextualiza de forma literária a situação de descaso que diversos brasileiros sofrem atualmente, o que nos leva a reflexão da necessidade de políticas públicas e sociais que beneficie essa minoria.        Infere-se que a falta de atitude do Governo, em paralelo à falha da sociedade, são, portanto, condições diretas para o agravo dos casos de escape escolar e trabalho infantil. A fim de que haja a imprescindível superação desse panorama, faz-se necessário que o Governo, por meio do Ministério da Educação implemente núcleos de debates e divulgação sobre o infringimento das garantias de párvulos e pubescentes. À vista disso, os professores devem criar dinâmicas que incentivem os alunos a continuarem frequentando as escolas, permitindo, dessa forma, uma ação eficaz no tratamento de ambas problemáticas, já que a educação propicia empregos devidos. Agindo assim, será possível que a juventude tenha seus direitos assegurados e uma qualidade de vida digna.