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Enviada em: 25/08/2018

No limiar do século XXI, a utilização de agrotóxicos no processo de produção de alimentos aparece como um dos problemas mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que a saúde humana e o meio ambiente são colocados em risco. Nesse contexto, é indispensável salientar que, em consonância com uma alimentação irregular e com o sedentarismo, muitas pessoas desenvolvem graves quadros de problemas de saúde, como o câncer, a diabetes e a hipercolesterolemia. Diante disso, vale discutir a insuficiência da fiscalização pública para com a proteção da população e do meio ambiente e a importância da educação para a evolução do país, bem como a atuação do Estado no âmbito da solução desse impasse.     Em uma primeira abordagem, é fundamental destacar que a utilização de agrotóxicos na agricultura pode ocasionar sérios danos à saúde humana e ao ecossistema. Nesse sentido, o agrônomo Alexandre Von Humboldt explica que os compostos químicos presentes nesses defensivos agrícolas modificam a qualidade do solo e contaminam os lençóis freáticos. Além disso, a exposição e o consumo desses produtos causam mutações no organismo dos seres humanos, o que pode desenvolver um potencial caso de câncer ou de intoxicação aguda. Como se não fosse o suficiente, a alimentação irregular, aliada à ausência de exercícios físicos, está sendo responsável por aumentar os índices de obesidade no Brasil. De maneira análoga, é possível perceber que, por falta de fiscalização pública, a saúde de muitas pessoas é colocada em risco, a julgar que a conscientização da população não está firmada.      Outro ponto em destaque - nessa temática - é a relevância da educação para o desenvolvimento da nação. Seguindo essa linha de raciocínio, o educador Paulo Freire sustenta a ideia de que, se a educação não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Fazendo jus desse conceito, é imprescindível a difusão de informações acerca dos perigos dos agrotóxicos e sobre a conciliação da alimentação saudável com a prática de atividades físicas. Nessa ótica, estudos do Instituto de Pesquisas da USP indicam que a utilização de rotulagem fornecendo as composições nutricionais dos alimentos ajudam os indivíduos na hora de escolher a comida mais saudável. Sendo assim, urge uma mudança nas legislações da Constituinte de 1988.     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para fomentar o consumo de alimentos saudáveis. Cabe ao Congresso Nacional criar uma lei para regularizar a obrigatoriedade do fornecimento de informações nutricionais completas nos rótulos de alimentos, de modo que a presença de agrotóxicos e os produtos ricos em carboidratos sejam evidenciadas em vermelho. Com isso, a população ficará consciente quanto aos alimentos que estão consumindo e terão uma vida saudável.