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Enviada em: 11/10/2018

Desde o apogeu demográfico na II Revolução Industrial, o aumento da produção de alimentos vem crescendo em proporção constante no mundo. Atualmente, observa-se no Brasil uma expansão da fronteira agrícola para a utilização do relevo plano do Centro-Oeste para a realização da pecuária intensiva, técnica já tradicional para os sul-americanos. Entretanto, um dos grandes problemas relacionados ao efeito estufa está atrelado a não diversificação do cardápio tradicional brasileiro, exigindo cada vez mais hectares para a criação de gado.     Segundo um relatório publicado em 2006 pela Organização das Nações Unidas (FAO), a emissão de gases do tipo CFC na pecuária é maior do que a soma de toda a rede de transportes do mundo. Em decorrência de constatações desse gênero, filósofos contemporâneos, como o alemão Hans Jonas, tratam da sustentabilidade como fator necessário à permanência da existência humana. Portanto, infere-se que a pecuária como hábito alimentar é um fator decisivo não só no que se refere á camada de ozônio, como também ao legado que será deixado para as próximas gerações.      Rafael Costa e Silva, chef do único restaurante carioca na lista dos 100 melhores do mundo, foi o criador do menu de degustação composto em 80% por vegetais produzidos em hortas orgânicas do estado do Rio de Janeiro. Desse modo, tem-se a carne não mais como indispensável a seu cardápio, mas sim como um componente para oferecer maior variedade aos pratos.        Logo, tendo conhecimento da influência da alta produção da pecuária e da necessidade da diversidade mais presente à mesa das famílias, torna-se inquestionável a necessidade da veiculação pelo governo federal de materiais informativos, como a propaganda, que evidenciem a relação do efeito estufa ao alto consumo de carne vermelha, alertando-os para uma mudança de hábitos. Assim também faz-se útil o oferecimento de um guia alimentar pelo Ministério do Meio Ambiente (MAM) e o Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento (MAPA) com a participação de chefs renomados, como o Rafael, para que juntos possam ser meios possíveis de atingir à população como um todo e incitar a gradativa alimentação cada vez mais sustentável.