Materiais:
Enviada em: 11/10/2018

O ''super homem'', idealizado pelo filósofo Nietzsche, caracteriza o ser humano capaz de livrar-se das amarras sociais. Entretanto, poucos parecem entender essa lição no que tange a questão dos hábitos alimentares, uma vez que a sociedade contemporânea está imersa aos produtos industrializados e cada vez menos dispostas a consumirem alimentos que sejam favoráveis para a regulamentação alimentar. Nesse contexto, deve-se analisar como a liquidez do tempo e a sociedade contribuem para o problema em questão.     Primeiramente, é indubitável que após a consolidação do sistema capitalista, a população vive em função do tempo. Isso decorre das relações interpessoais no cotidiano, pois para que a  vida permaneça em constante movimentação, é necessário que os indivíduos cumpram com suas tarefas, seja ir para a escola, seja ir para o trabalho. Tais obrigações impede que uma parcela da camada social tenha a possibilidade de investir em uma alimentação saudável, visto que a maior de suas preocupações está na questão financeira, sem se importar com a própria saúde. Prova disso são os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que demonstra o aclive da obesidade em mais de 60%, devido a ingestão de alimentos açucarados e calóricos. Por consequência de tais fatores, os indivíduos ficam a mercê do surgimento de doenças que impedem a garantia de uma alimentação saudável.     Ademais, os padrões estéticos também são elementos que corroboram para a problemática. Isso porque a mídia em conjuntura com a sociedade criaram esteriótipos relacionados ao corpo, o que ocasionou na figura estética do corpo macérrimo como sinônimo de saúde e beleza. Em consequência de tais elementos, muitos são os casos de anorexia, diabetes ou doenças cardiovasculares que prejudicam a saúde desses indivíduos que são vítimas dos padrões estéticos. Prova disso, é o caso da cantora e atriz, Anahí, que desenvolveu uma doença denominada anorexia em um estágio grave que quase culminou em sua morte, pois ela queria manter-se magra perante os seus fãs.     Torna-se evidente, portanto, a necessidade de uma educação alimentar. Cabe ao Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduzir nas escolas a partir da figura de nutricionistas, uma orientação sobre como ter uma rotina alimentar saudável por meio de palestras e discussões a cerca do tema. Por fim, os meios de comunicação devem através de propagandas que vise a diversificação, explorar imagens de mulheres de diferentes estilos e pesos corporais, para que assim a camada marginalizada sinta-se incluída e não opte pelo desejo constante de emagrecimento. Destarte, o ideal do ''super homem'' defendido por Nietzsche será posto em prática.