Materiais:
Enviada em: 17/10/2018

O filme ''Matilda'' retrata a personagem, Agatha Tronchatoro, como uma mulher obesa devido aos maus hábitos alimentares e a ingestão constante de alimentos açucarados e calóricos. Fora da ficção, essa situação se torna a realidade de muitos indivíduos que também não possuem o cuidado com a saúde, o que traz como consequências, doenças que desestabilizam a garantia de uma boa qualidade de vida. Nesse contexto, deve-se analisar como a questão financeira e a liquidez do tempo corroboram para a persistência do problema.     Mormente, o poder aquisitivo impede que uma parcela da sociedade invista em uma alimentação regular. Isso porque o acesso à produtos ou tratamentos que viabilizem uma saúde de qualidade se torna caro e improvável perante a quantidade financeira de determinado indivíduo. Desse modo, as pessoas sentem um desinteresse para com a alimentação e optam por outros tipos de insumos que acabam por prejudicá-los. Prova disso, são os resultados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que constatou a ausência de boas práticas alimentícias por causa de questões econômicas. Por conseguinte, a sociedade traz como realidade o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes ou obesidade.     Ademais, após a imposição do sistema capitalista, a população tornou-se mecanizada e passou a viver em função do trabalho. Diante dessa realidade, a regulamentação alimentar decresceu exponencialmente, pois por causa da liquidez do tempo e o cotidiano hiperveloz de alguns seres, ninguém possui tempo para cuidar de si próprio. Sendo assim, o filósofo Zygmunt Bauman estava correto ao afirmar que o mundo contemporâneo vive em uma modernidade líquida, ou seja, as relações se tornaram abstratas e o ser humano passou a viver em uma dilema de quanto mais rápido melhor.    Torna-se evidente, portanto, garantir uma saúde de qualidade para todos. Cabe ao Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) criar palestras e campanhas publicitárias com a presença de um nutricionista que tenha como finalidade instruir e orientar a população dos cuidados com a saúde e como regular a alimentação sem gastar muito. Por fim, é necessário que o Governo em parceria com a Receita Federal incentive todas as faixas etárias no desenvolvimento de atividades físicas e bons hábitos alimentares por meio de construções de centros públicos que tenham ferramentas de esporte com a supervisão de um profissional formado na área de Educação Física, para que constantemente as famílias possam se reunir e aproveitar o final de semana com projetos que sejam divertidos e estimulem os cuidados com a saúde simultaneamente. Destarte, a realidade de Agatha não será a mesma que os cidadãos.