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Enviada em: 04/05/2017

"Você é o que você come". O ditado retrata bem os danos à saúde que os brasileiros enfrentam em decorrência de uma alimentação irregular. Dentre os aspectos relevantes, destacam-se a livre comercialização e utilização de agrotóxicos, bem como a ausência de projetos que estimule uma reeducação alimentar desde à infância como meio de solidificar uma cultura mais saudável.     Nesse contexto, o uso de agrotóxicos em território nacional alcançou níveis alarmantes à saúde pública. Foi dentro dessa perspectiva, que a Abrasco revelou, em pesquisa recente, a compra de 823 mil toneladas de agrotóxicos pelo setor agrícola, totalizando um aumento de 162,32% na aquisição desses produtos, denotando a omissão do Estado quanto ao uso desenfreado de tóxicos pelo agronegócio. Sendo assim, a regulamentação do quantitativo de agrotóxico utilizado e a coibição daqueles mais nocivos é medida essencial que corrobora para melhora da qualidade da saúde no Brasil.    Outra questão fundamental é a implementação da alimentação saudável como parte de uma rotina natural de adultos e crianças. É certo que faltam campanhas de conscientização, merenda escolar de qualidade e, inclusive, incentivos fiscais que tornem o consumo de alimentos adequados um hábito a ser cultivado no país, desenvolvendo uma geração atenta aos benefícios dos cuidados com o corpo. Logo, não há dúvidas  que a negligência do Estado contribui para ignorância da população quanto a grande importância do consumo de alimentos "de verdade", gerando, assim, graves consequências à saúde pública.    Por todo exposto, verifica-se, portanto, que a preocupação quanto a uma alimentação saudável ainda não é uma realidade no Brasil. Nesse caso, cabe ao governo cumprir seu papel em zelar pelo povo ao fiscalizar a produção de alimentos desde a sua origem, como também enaltecer os benefícios de uma refeição balanceada através de campanhas que introduzam uma cultura alimentar pró-saúde na nação.