Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Assim, com o avanço do capitalismo, recai sobre o homem o compromisso de mudar as práticas alimentares modernas. No século XXI, os hábitos de vida, bem como as compensações emocionais oriundas da nutrição, refletem negativamente essa realidade. A princípio, o problema tem origem no estilo de vida imposto pelo capitalismo ao longo dos séculos. Nesse contexto, com a intensificação das atividades laborais verificou-se um "encurtamento" do tempo destinado à alimentação saudável. Exemplo dessa realidade é representada pelo consumo desenfreado de "fast food" que levou a população brasileira a índices alarmantes de obesidade, segundo o Ministério da Saúde, até 2025 o Brasil será o país com maior taxa de sobrepeso do mundo. Destarte que algumas nações, pelo mundo, já combatem rigorosamente esses alimentos. A França, por meio de lei, criou a "Taxa da Nutella" que aumentou a carga tributária sobre os alimentos rápidos, com intuito de encarecer os produtos processados e consequentemente diminuir o seu consumo. Outrossim, as demandas psicológicas, sobre o aumento do consumo de alimentos ruins, têm efeitos diretos na escolha nutricional. Nesse sentido, é notório observar que alimentar-se em exagero virou uma forma de compensação pelo dia estressante e cansativo de jornadas longas de trabalho ou até mesmo doméstica. Cabe acrescentar que a busca por posição social também intensificou o drama, pois o "status alimentar", representado pela máxima: "diga o que tu comes, que te direis quem és", atualmente representa uma forma de estratificação social que tem gerado o recrudescimento de doenças cardiovasculares, metabólicas e endócrinas na sociedade brasileira. É preciso que os indivíduos assumam, portanto, a responsabilidade diante do problema da má alimentação, uma vez que representa um retrocesso para a saúde pública. Assim, o Legislativo federal precisa, mediante projetos de lei, taxar alimentos prejudiciais ao homem, com fito na redução do seu consumo. Além disso, urge que a mídia televisiva, mediante campanhas, estimule a alimentação saudável, bem como as pratica de atividades físicas regulares, com intuito de reduzir o sobrepeso da população brasileira. Por fim, o Ministério da Saúde, precisa criar uma política nacional alimentar, com a finalidade de integrar e expandir as ações de prevenção e proteção nutricional da população do país. Assim, com a tomada de tais medidas, poder-se-á evitar o prognóstico ruim levantado para a nutrição futura dos brasileiros.