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Enviada em: 08/09/2017

O alimento é essencial para o funcionamento do organismo humano, de modo que o consumo de nutrientes gera uma vida saudável. Contudo, a Revolução Técnico-Científica do século XX inaugurou a Era da Informação, que possibilitou a divulgação de propagandas nos meios de comunicação. Essa realidade influenciou a alimentação da população, sobretudo a ingestão de carboidratos. Ademais, isso, também gerou o desenvolvimento do agronegócio, que aumentou o uso de insumos agrícolas. Desse modo, nota-se que os brasileiros estão consumindo cada vez mais comidas gordurosas e com agrotóxicos, o que resulta em sérios problemas de saúde.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que no ano de 2014, o Ministério da Saúde publicou um Guia Alimentar para a População Brasileira, que reconhece a publicidade de comidas processados como um dos empecilhos para uma vida mais saudável. Aliás, tal formulário destaca a regulamentação desse tipo de propaganda, uma vez que leva as pessoas a associarem o ato de comer alimentos, como os “fast-foods”, com o bem-estar e felicidade. Nesse sentido, o sociólogo Zygmunt Bauman pronunciou a frase, “consumo, logo existo”, que pode ser relacionada com o fato das pessoas consumirem sem controle alimentos calóricos. Isso resulta em doenças cardíacas, diabetes e até mesmo obesidade.    Por outro lado, é imprescindível, também, lembrar-se da presença cada vez mais frequente de agrotóxicos na agricultura. Embora, essas substâncias químicas sejam usadas para exterminar pragas que causam danos às plantações, o uso delas nos alimentos podem gerar prejuízos à saúde do consumidor. Isso devido à presença de substâncias tóxicas e cancerígenas nesses insumos. Além disso, de acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos últimos anos o uso de agrotóxicos mais que dobrou e quase 30% desses elementos foram classificados como muito perigosos. No entanto, a maior parte da população desconhece tais informações.    Fica evidente, portanto, a necessidade de resolver esse empasse. Logo, cabem às autoridades públicas, como as prefeituras, instituir uma alimentação mais nutritiva nas escolas, por meio do incentivo do cultivo de hortas feitas pelos alunos. Além do mais, é preciso haver uma educação alimentar com a ajuda de nutricionistas, dentro dessas instituições de ensino. De igual modo, a mídia deve regulamentar o excesso de publicidades de comida rica em calorias e orientar a população das consequências à saúde que essa prática pode ocasionar. Dessa mesma forma, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) precisa fiscalizar com mais rigor a quantidade de agrotóxicos nos alimentos e colocar alertas nas embalagens dos produtos, com informações sobre a quantidade desses insumos. Tais medidas devem ser tomadas com a intenção de melhorar a alimentação dos brasileiros.