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Enviada em: 09/09/2017

Com o fim da Guerra Fria, em 1985, e a ascensão do capitalismo, a sociedade começou a priorizar a velocidade e o lucro. Surgiram os famosos fast-foods, a comida industrializada e o homem ganhou um novo inimigo: o tempo. Em virtude desse processo, o número de adeptos da alimentação irregular aumentou progressivamente e por consequência, o de pessoas com sobrepeso e obesidade.  Desse modo, convém analisar as vertentes que englobam os problemas relacionados a alimentação no século XXI.       De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de forma que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Nesse sentido, fica claro que a falta de prática da regulamentação nas indústrias alimentícias, rompe essa harmonia, uma vez que as mesmas não fornecem as informações nutricionais adequadas de seus produtos e  usam substâncias tóxicas e nocivas à saúde, como o sódio em excesso. Evidencia do total descaso do Estado e das agências reguladoras, que se ausentam na fiscalização e deixam o povo sujeito a esse tipo de mercadoria.       Entretanto, é preciso reconhecer, também, a culpa que cada indivíduo carrega perante sua nutrição. Para o sociólogo Zygmunt Bauman, o homem é hedonista, busca o prazer imediato sem se preocupar com o amanhã, e é  óbvio que isso se reflete nos costumes alimentares.  Assim, preocupado com economizar tempo e com os melhores sabores, ele pretere um prato equilibrado e uma nutrição regrada à lanches gordurosos, rápidos e saborosos.        Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A fim de reforçar a prática da lei nas Indústrias de alimentos, a Receita Federal deve fornecer mais recursos financeiros à  Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que ampliará sua equipe para controlar o que vai, ou não à mesa. Ademais, cada pessoa deve buscar compreender que assim como  a mão que afaga é a mesma que apedreja para o escritor Augusto dos Anjos, a nutrição pode ser ruína ou salvação.