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Enviada em: 03/10/2017

Revolução Alimentar   No seu programa de culinária, a chefe Bela Gil, ao ensinar receitas nutritivas e naturais, afirma que o mundo pode ser transformado através da alimentação. Seu posicionamento contraria as tendências contemporâneas em relação à comida. Baseadas no prazer e na praticidade, essas têm gerado graves consequências ao organismo humano.    Em primeira análise, há problemáticas em toda a cadeia produtiva de alimentos. Na segunda metade do século XX, a Revolução Verde, caracterizada pelo emprego de tecnologia nas lavouras, acarretou o uso intensivo de agrotóxicos e de organismos geneticamente modificados, cujos efeitos no corpo são desconhecidos à longo prazo. Além disso, o consumo de industrializados e fast food aumentou. Segundo Zygmunt Bauman, a velocidade das conexões na modernidade e a valorização do trabalho explicam o porquê de os indivíduos preferirem a rapidez das refeições prontas.    Dessa forma, a saúde da população mundial é extremamente afetada. Conforme dados do Ministério da Saúde, 52% dos brasileiros estavam acima do peso em 2015. Associados a fatores genéticos e ao sedentarismo, os péssimos hábitos alimentares causam obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras enfermidades. Embora tal dieta promova o acúmulo de calorias, a magreza é o padrão corporal vigente. Assim, diversos jovens e adultos adquirem distúrbios relacionados à comida, como abordado no filme "O Mínimo para Viver", cuja protagonista luta contra a anorexia.    Portanto, um novo modelo de alimentação precisar ser propagado. Os Ministérios da Saúde e da Educação devem se aliar a fim de instituir, nas escolas, aulas de culinária saudável e palestras sobre nutrição para alunos e pais. Além disso, podem realizar campanas veiculadas na televisão com informações sobre os benefícios da culinária orgânica. Dessa maneira, poderá ser feita uma revolução alimentar.