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Enviada em: 06/10/2017

Durante parte dos séculos XIX e XX, não levando em conta os avanços tecnológicos, sob a luz do malthusianismo, pensou-se que não haveria alimento para toda a população do século XXI. No entanto, desde o fim da Guerra Fria e a consolidação do modelo econômico capitalista, foi otimizada a produção alimentícia, sobretudo, devido a evolução científica. Porém, na medida em que tais artifícios solucionaram essa questão, trouxeram outras de grande importância.     Um dos grandes problemas da atualidade reside no fato da utilização de agrotóxicos na alimentação. O modelo capitalista vigente, exige um mercado produtor ágil e padronizado, para responder essas expectativas, o setor agroindustrial tem investido cada vez mais em insumos agrícolas, o que, segundo o IBGE e a Anvisa, tem gerado graves danos à saúde humana e ao meio ambiente. Somado a isso, está o grande consumo de alimentos industrializados hipercalóricos, muitas das vezes promovidos pela mídia, juntamente ao estilo de vida contemporâneo sedentário tem aumentado o quadro de obesidade na sociedade, tornando recorrente os casos de doenças crônicas, como a diabetes a hipertensão e as doenças cardiovasculares.     Todavia, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Embora a Comunidade Mundial de Agricultura preveja um limite de insumos agrícolas na produção alimentar, sem fiscalizações eficientes e mecanismos de restrição adequados, o problema do uso irracional desses recursos continuará em questão no Brasil. Além disso, pode-se citar o grande avanço dos instrumentos informacionais, que propiciaram a maior utilização de TV,s , celulares e computadores pela população, otimizando, por consequência,  o poder de persuasão da indústria publicitária voltada a promoção de alimentos industrializados.     Portanto, a fim de resolver o paradigma, tendo como base a concepção lockeana de que onde não há lei, não há liberdade, o Congresso Nacional deverá criar uma emenda constitucional que adote o limite máximo de insumos na alimentação proposta pela C.M.A como lei, fitando a diminuição dos desgastes ambientais e a nocividade à humanidade. O Ministério das Telecomunicações também deverá exigir das plataformas midiáticas que reduzam as publicidades alimentares, bem como sua especificação e padronização como tipologias, horários e faixa etária. Por fim, partido do pressuposto kantiano de que o ser humano é a expressão de sua educação, é imperioso que o MEC institua nas escolas e universidades palestras ministradas por agentes de saúde, que discutam a importância de uma rotina de alimentação saudável, como o fito de conscientizar os mais jovens e evitar novos problemas.