Materiais:
Enviada em: 04/11/2017

O crescimento do consumo de alimentos calóricos – ricos em gorduras e carboidratos – transformou o modo de vida da sociedade brasileira, oferecendo risco a uma dieta balanceada e saudável na medida em que contribuiu para o avanço dos índices de obesidade. A aceleração da vida moderna e a postura inconsequente de muitas empresas que atuam nesse ramo estão entre os principais agentes causadores dessa questão de saúde pública. Nesse sentido, convém analisar as vertentes que englobam os maus hábitos alimentares no Brasil.    Claramente, é perceptível que o desenvolvimento da indústria alimentícia exerce papel preponderante no incentivo à alimentação irregular. A expansão das famosas redes de fast-food propiciou uma ampla oferta de refeições instantâneas dotadas de baixo valor nutricional e com preços acessíveis — segundo dados do IBGE, 39% da população brasileira consome esse tipo de alimento. Essas, ao oferecerem praticidade aos indivíduos apressados que buscam rapidez na hora de ingerir alimentos, não raro, contribuem para a substituição de pratos principais – como o almoço – por hambúrgueres e outros lanches de alto teor lipídico. Tal fato tem acarretado no ganho excessivo de peso pelos cidadãos brasileiros.     Outro aspecto a ser pontuado é que muitas empresas do setor alimentício, motivadas pela obtenção de lucros e incentivadas pela fiscalização precária realizada pelos órgãos governamentais, acabam por contribuir para a propagação da alimentação inadequada. A presença de rótulos nutricionais incompletos, a adição de substâncias cancerígenas aos produtos processados industrialmente e o uso indiscriminado de ingredientes que, em excesso, são nocivos à saúde humana, como o sódio, são provas disso. Dessa forma, fica evidente o descaso com a alimentação balanceada do consumidor.     Destarte, diretrizes são necessárias para reverter esse impasse.O Governo Federal, por meio do Legislativo, deveria aumentar os impostos sobre os alimentos nocivos para subsidiar os saudáveis, afim de que haja melhorias nos hábitos de consumo alimentar.É imperativo, ainda, que a mídia como formadora de padrões, reduza os anúncios de alimentos na televisão, já que 90% deles são sobre fast-foods, sucrilhos açucarados e refrigerantes, divulgando opiniões de especialistas da área como, nutricionistas e  psicólogos, para que a sociedade conheça todos os padrões saudáveis de alimentação e reduza seus riscos de obesidade, diabetes e hipertensão.Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: "O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação."