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Enviada em: 03/11/2017

A Constituição Federal de 1988- norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - assegura a todos o direito à saúde. Entretanto, a cultura de má alimentação impede que os brasileiro usufruam esse direito na prática, o que se mostra um problema social a ser modificado, sob pena de graves prejuízos ao organismo como a obesidade.         Em primeira instância, o apelo midiático exerce influência histórica na construção de um cardápio pouco saudável. Sob este ângulo os sociólogos alemãs Theodor Adorno e Max Hokheimer propuseram, no século XVII, o conceito de Indústria Cultural, segundo o qual há tentativa midiática de padronizar os comportamentos da população e facilitar o consumo. Nesse contexto, as grandes empresas de comida industrializada uniformizar propagandas, sabores e produtos, a fim de propor a sociedade um modelo inviável de " fast foods". No entanto, não é coerente que a imposição publicitária persista em incentivar hábitos alimentares inapropriados para a manutenção da saúde em um Estado Democrático de Direito.              Outrossim, o incentivo aos "fast foods" compromete a construção de um consumo alimentar saudável e corrobora para o acréscimo do quadro de obesidade. De acordo com Ministério da Saúde a prevalência da obesidade aumentou 60%, ademais, para fomentar tal estratégia de mercado, é preferível às indústrias alimentícias a produção de alimentos ricos em gorduras trans, capazes de aumentar o sabor e a durabilidade de seus produtos. Todavia, a utilização dessas gorduras aumenta a concentração de lipoproteinas de baixa densidade- conhecidas popularmente como colesterol ruim- cuja a atuação favor e a ocorrência de placas de ateroma e contribui para o surgimento de doenças cardiovasculares. No entanto, enquanto o incentivo à comida industrializada se mantiver, o brasileiro será obrigado a conviver com um dos principais problemas: a saúde debilitada.            Urge, portanto, mediante os fatos supracitados, o direito à saúde seja, de fato, assegurado na prática, como prevê a Constituição Federal de 1988. Nesse sentido a sociedade cívil organizada, por meio de debates nas mídias televisivas e nas mídias sociais, repudiar o incentivo publicitário ao consumo alimentar pouco saudável, a fim de criticar a padronização imposta pela Indústria Cultural alemã. Inclusive, o Ministério da Saúde deve, elaborar cartilhas educativas sobre alimentação balanceada para escolares a fim de que sejam distribuídas em escolas e a orientação sobre hábitos alimentares seja feita desde a primeira infância. Tais iniciativas são importantes porque pressionaria a indústria alimentícia a minimizar o uso de gorduras hidrogenadas nos produtos de consumo diário e colaboraria para desconstruir a alimentação nociva, no Brasil, desde a infância.