Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Causas da persistência da invasão a terras indígenas no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
“Em relação aos três tipos de “Violência contra o Patrimônio”, que formam o primeiro capítulo do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2019, foram registrados os seguintes dados: omissão e morosidade na regularização de terras (829 casos); conflitos relativos a direitos territoriais (35 casos); e invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio (256 casos registrados); totalizando o registro de 1.120 casos de violências contra o patrimônio dos povos indígenas em 2019.
Das 1.298 terras indígenas no Brasil, 829 (63%) apresentam alguma pendência do Estado para a finalização do seu processo demarcatório e o registro como território tradicional indígena na Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Destas 829, um total de 536 terras (64%) não teve ainda nenhuma providência adotada pelo Estado.”
Disponível em: <https://www.extraclasse.org.br/ambiente/2020/10/invasao-de-terras-indigenas-mais-do-que-dobrou-no-brasil-de-bolsonaro/>
TEXTO II
Disponível em: <https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/116863905289/tirinha-original> (Adaptado)
TEXTO III
“O mundo do povo indígena Tupinambá de Olivença encolheu. Essa é a história recontada de geração para geração nas aldeias onde vivem 4.600 parentes da etnia no litoral sul da Bahia, nos municípios de Una e Ilhéus. “Estamos aqui desde sempre. Fomos dos primeiros povos a ter contato com os colonizadores. Nossos mais velhos diziam que nosso território ia de água a água, sem fronteira”, conta o cacique Ramon. Séculos depois, eles conseguiram a delimitação de uma área um pouco maior que a cidade de Curitiba, constantemente alvo da cobiça de empresários e fazendeiros pela proximidade a praias paradisíacas de Ilhéus e plantações de cacau. Já tem uma década que o Governo brasileiro reconheceu formalmente a etnia e delimitou, com base em uma série de estudos antropológicos, que ela tem direito a 47.376 hectares de terra. Desde então, os Tupinambá estão prontos para ter seu território demarcado, mas não conseguem avançar.”
Disponível em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-04/governo-bolsonaro-manobra-para-travar-a-demarcacao-de-terras-indigenas-no-brasil.html?outputType=amp>