Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios enfrentados pelos catadores de materiais recicláveis no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Cada vez mais escutamos falar sobre a importância da reciclagem como uma destinação ambientalmente responsável de nossos resíduos, e crescentemente somos incentivados a separar nosso lixo e destinar os materiais recicláveis a cooperativas de catadores. Mas quem são estes indivíduos? Qual é exatamente o papel que desempenham?
A catação de materiais recicláveis foi reconhecida como profissão em 2002 pelo extinto Ministério do Trabalho e, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações, catadores são aqueles que “catam, selecionam e vendem materiais recicláveis como papel, papelão e vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros materiais reaproveitáveis”.
De acordo com a Cáritas do Brasil, a estimativa é de que atuem hoje no Brasil cerca de 500.000 catadores de materiais recicláveis. Estes profissionais – tanto os inseridos em cooperativas e associações, quanto os que trabalham de maneira autônoma – são em grande medida responsáveis pela movimentação do mercado da reciclagem em nosso país. Eles representam elo essencial entre nosso consumo e a indústria da reciclagem.
Apesar do papel indispensável que desempenha em nossa sociedade, o catador de materiais recicláveis não ganha por seu trabalho. Quando vende o material que coleta, seja para uma cooperativa ou para um atravessador (“sucateiro”), ele recebe um valor relativo ao preço estabelecido pela indústria de cada material. Ou seja, ele recebe o valor definido pelo mercado para o material que está vendendo.
Nas iniciativas públicas que visam incentivar a reciclagem tanto a nível Federal, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (vide minuta de documento regulamentador), quanto a níveis estadual e municipal, como legislações que tangem à logística reversa de materiais específicos, já se vê uma preocupação do Governo em garantir a participação do catador de materiais recicláveis e em incentivar o fortalecimento de cooperativas de catadores.
Apesar disso, sabe-se que essas leis têm pouca efetividade, e que ainda não incorrem em benefícios significativos para a categoria em questão.
Disponível em: http://www.recicloteca.org.br/coleta-seletiva/quem-e-o-catador-de-materiais-reciclaveis/ (adaptado)
TEXTO II
Invisíveis aos olhos da sociedade e diretamente envolvidos com o processo de reciclagem, os catadores vêm lutando para obter reconhecimento e direitos na sociedade brasileira. O “lixo” possui grande valor para aqueles que tiram dele seu sustento.
De sol a sol buscam pelas ruas latas e lixões que contêm materiais de possível aproveitamento, reformados ou reciclados industrialmente. Além disso, coletam, separam, adicionam e transportam, tornando o que antes era visto como lixo pronto para ser descartado, em mercadoria com valor de uso e de troca. Todavia, esse trabalho é cansativo, e como se dá na rua, expõe os catadores à diversos riscos para a saúde, os quais derivam do contato com matérias contaminadas e do peso para puxar as carroças.
Este grupo é composto por sua maioria de adultos, com familiares dependentes financeiros e baixo nível educacional, e por uma baixa porcentagem de idosos, que visam complementar sua aposentadoria.
De acordo com o Movimento Nacional dos Catadores de materiais Recicláveis (MNCR), há 800 mil profissionais do tipo em atividade no país e aproximadamente 85 mil associados ao movimento Nacional.
Disponível em: https://medium.com/@labdejo2018/catadores-de-materiais-recicl%C3%A1veis-e-a-sua-import%C3%A2ncia-72618a64f09c
TEXTO III
Charge: Benett
Disponível em: http://revistaberro.com/noticia/catadores-a-dura-vida-em-meio-ao-lixo/